Apenas o vereador Raiff Matos, do Partido Liberal na Câmara Municipal de Manaus (CMM), não assinou o pedido para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os empréstimos contraídos durante a gestão do prefeito David Almeida (Avante). Os valores emprestados pelo prefeito já ultrapassam R$ 4 bilhões.
O pedido foi protocolado pelo vereador Rodrigo Guedes (Progressistas) e já conta com a assinaturas de seis parlamentares. Ao contrário de Raiff Matos, seus pares de Sigla Capitão Carpê, Sargento Salazar e Coronel Rosses, que fazem forte oposição ao Executivo Municipal, assinaram a CPI. Além dos parlamentares do PL, Rodrigo Sá (Progressistas) e Zé Ricardo (PT), assinaram a CPI. Para ser instaurada é necessário 14 assinaturas.
O que chama atenção é que Raiff Matos votou contrário ao empréstimo no valor de R$ 2,5 bilhões aprovado no dia 25 de março pela maioria da CMM. No entanto, o parlamentar ainda não assinou o pedido para investigar o empréstimo que ele mesmo votou contra.
Além disso, o parlamentar vem votando contrário a requerimentos considerados negativos para David Almeida. Após pedido para investigar a viagem de David Almeida ao Caribe acompanhados de empresários que possuem contratos milionários com a prefeitura, o vereador se ausentou da sessão e alegou ter um compromisso na mesma hora da votação.
O foco entrou em contato com a assessoria de Raiff Matos solicitando esclarecimentos sobre sua posição ao pedido de CPI para investigar os empréstimos bilionários, mas até o momento não houve retorno. O espaço segue aberto.
Empréstimo de R$ 2,5 bilhões
Em menos de 30 segundos, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou o empréstimo no valor de R$ 2,5 bilhões solicitado pelo prefeito David Almeida (Avante). A votação teve o placar de 29 votos favoráveis, 10 contrários e 1 ausente.
A proposta enviada pelo Executivo Municipal tramitou em regime de urgência após ser colocada em votação pelo presidente da Casa, David Reis (Avante), na manhã desta terça-feira (25). Após aprovado o pedido de urgência pela maioria dos vereadores, a proposta foi encaminhada a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CJR).
Após seguir o processo legislativo na Comissão de forma relâmpago, o projeto foi colocado em votação no plenário. Desde a apresentação até a confirmação do pedido, se passaram menos de 4 horas. Durante a votação, houve um debate acalorado entre a oposição e a base aliada.