Nesta sexta-feira (27), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que, a partir de outubro, os consumidores ligados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) estarão sujeitos à bandeira tarifária vermelha, no patamar 2.
Com essa mudança, haverá um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Atualmente, com a bandeira no patamar 1, o valor adicional é de R$ 4,46 por 100 kWh.
De acordo com a Aneel, o ajuste se deve principalmente ao GSF (risco hidrológico) e ao aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), ambos afetados pelas projeções de baixa nos níveis de água dos reservatórios e pela alta dos preços de energia ao longo do mês de outubro.
A volta da bandeira vermelha ocorre após um longo período de bandeiras verdes, que começou em abril de 2022. Em julho de 2024, foi aplicada a bandeira amarela, seguida pela bandeira vermelha, no patamar 1, em setembro, devido à seca nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
O sistema de bandeiras tarifárias, implementado pela Aneel em 2015, serve para alertar os consumidores sobre o custo variável da geração de energia. Esse sistema considera a disponibilidade hídrica, o uso de fontes renováveis e a ativação de termelétricas, que são mais caras.
Com a bandeira, os consumidores têm a chance de ajustar seu consumo para evitar surpresas nas faturas. Antes, os aumentos de custo só eram percebidos nos reajustes anuais, sem aviso prévio em relação às mudanças nos preços.
Esse novo aumento nas tarifas também pode ter impacto direto sobre a inflação, que já está próxima do teto da meta do Banco Central (BC), estabelecida em 3%, com limite inferior de 1,5% e superior de 4,5%. Até julho, a inflação acumulada em 12 meses foi de 4,5%, atingindo o teto da meta.