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Amazonas também possui sistema de monitoramento semelhante ao da Abin

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Em julho de 2022, o Governo do Amazonas adquiriu equipamento da empresa israelense, ao custo de R$ 5,9 milhões, para a Polícia Civil do estado.

De acordo com levantamento exclusivo da Agência Pública, o Amazonas é um dos nove Estados que adquiriram sistema de monitoramento virtual da empresa israelense Cognyte, usado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), alvo da Operação Última Milha, realizada pela Polícia Federal com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os governos do Amazonas, Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pará, Espírito Santo e Alagoas, além da Polícia Rodoviária Federal e Forças Armadas, adquiriram ou renovaram contratos de produtos da empresa nos últimos cinco anos.

Em julho de 2022, o Governo do Amazonas adquiriu equipamento da empresa israelense, ao custo de R$ 5,9 milhões, para a Polícia Civil do estado.

O produto adquirido foi “equipamento satelital para identificação, rastreamento, monitoramento e interceptação de indivíduos em atividades relacionadas ao tráfico de drogas em ambiente urbano e florestal” para o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (DENARC).

O Código de Processo Penal brasileiro exige autorização judicial para o acesso ao conteúdo de comunicações, incluindo programas como o FirstMile. Sem essa autorização, a vigilância por ferramentas de espionagem é considerada ilegal pelos especialistas.

A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) analisou o First Mile, um software de espionagem israelense. Este programa permite o rastreamento em tempo real de dispositivos móveis, como telefones celulares, gerando alertas sobre a movimentação de alvos de interesse.

O First Mile utiliza sensores táticos e plataformas analíticas próprias para processar os dados coletados, podendo vigiar até 10 mil números de celular simultaneamente.

Há suspeitas de ilegalidade devido à possível exploração do protocolo SS7, que, se explorado, permite a interceptação de mensagens e chamadas, bem como a obtenção da localização em tempo real sem o consentimento dos usuários. No Brasil, a extração de dados e localização de aparelhos telefônicos através de falhas no protocolo SS7 requer autorização judicial.

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