Manaus/AM – A Amazonas Energia realizou uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (29), após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), recomendar caducidade [ineficiência] contra a concessionária.
O presidente da concessionária, Márcio Zimmermann, afirmou que a empresa manterá o serviço sem riscos à população e descartou o risco de apagão na capital amazonense.
Zimmermann disse ainda que a caducidade “nunca foi aplicada no Brasil em concessões de serviços públicos de energia) e que, quando foi ministro das Minas e Energia, em 2010, a Aneel apresentou três pedidos ao ministério, e nenhum foi efetivado”. mas reconheceu que pode haver transferência de controle, que será definido pelo Ministério de Minas e Energia.
O presidente da concessionária negou ainda os rumores de que a dívida cresceu após a privatização “Não teve dívida nova na gestão do Orsine [Oliveira]”, disse Zimmermann, ao afirmar que a dívida atual é de 9,2 bilhões. “A recomendação era que fossem realizados investimentos de R$ 280 milhões e o controlador atual investiu quatro vezes mais o recomendado”, concluiu.
A Aneel recomendou a caducidade ao Ministério de Minas e Energia no dia 21 de novembro. A Amazonas Energia já havia sido intimada por descumprimento de cláusulas contratuais, onde algumas geraram caixa negativo, endividamento e inadimplência setorial. Para evitar que o contrato fosse revogado, a concessionária optou na época pela optou pela transferência de controle e em outubro a Green Energy Soluções em Energia, candidata a assumir a concessão, foi rejeitada pela Aneel por não conseguir comprovar capacidade técnica e econômico-financeira para administrar a concessão.