O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD), que é investigado por desvios de recursos para a área da saúde quando ele foi governador do Amazonas, usa uma nova estratégia faltando pouco mais de 1 ano para eleições de 2022 em que pretende se reeleger, que é a de processar adversários políticos e portais de notícias que trazem à tona sua famosa investigação na operação Maus Caminhos.
De acordo com a jornalista Rosiene Carvalho, da coluna de política da rádio Band News, a defesa de Omar Aziz entrou com cerca de 80 processos contra sites e figuras públicas que usam as redes sociais para atingi-lo. Onze desses pedidos já foram deferidos favoravelmente ao senador.
A estratégia utilizada pelo senador é impedir novos ataque mais próximo das eleições e também de tentar emplacar para os eleitores do Amazonas que Omar Aziz é ficha limpa.
Recentemente ele fez um desabafo nas redes sociais em que se declara ficha limpa mas manteve comentários da publicação bloqueados com medo de críticas.
“Vivemos uma era em que as pessoas de bem estão sendo atacadas nas redes sociais e em blogs de aluguel em prol da política da baixaria. Não tolero mais que usem meu nome para se promover com mentiras e fake news. Não tenho condenação e nem sou réu em qualquer instância judicial, estadual ou federal. Sou ficha limpa! Sou homem público e respeito as críticas ao meu trabalho, mas sempre que mentirem para atacar minha honra vou buscar os meus direitos na Justiça. Quem estiver errado que seja punido e pague por seus erros”, escreveu Omar.
Porém, nas redes sociais, amazonenses questionam o senador por ter sido alvo juntamente com seus irmãos e esposa de uma operação do Ministério Público Federal chamada “Maus Caminhos”, que foi deflagrada em 2016 e houve uma série de desdobramentos. O objeto principal da investigação é o desvio de cerca de R$ 260 milhões de verbas públicas da saúde por meio de contratos milionários firmado com o governo do estado do Amazonas.
Ainda não há decisão da Justiça no processo.
O político está com os bens bloqueados e o passaporte retido, conforme confirmou sua defesa à CNN.