O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, nesta quinta-feira, 26, que o ministro Alexandre de Moraes manteve, no dia 24, a prisão do ex-ministro Braga Netto. Moraes tomou a decisão depois de a Procuradoria-Geral da República opinar pela permanência do militar no cárcere.
General da reserva, Braga Netto foi preso em 14 de dezembro, por supostamente participar do que seria uma tentativa de golpe de Estado. Moraes autorizou a operação da Polícia Federal (PF).Play Video
Em novembro, a PF indiciou Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 35 nomes do governo anterior.
Conforme a investigação da PF, havia uma “organização estruturada e coordenada” para impedir a posse de Lula.
Investigação da PF contra Braga Netto
Ao mandar prender o general há algumas semanas, Moraes considerou elementos que constam no relatório da PF, sobre Braga Netto. A seguir, o resumo dos principais pontos do documento:
- Era “a cabeça, o mentor do golpe, mas sob comando de Bolsonaro”;
- Coordenou ações ilícitas executadas por militares com formação em Forças Especiais (os chamados “kids pretos”);
- Entregou dinheiro em uma sacola de vinho para financiar as operações;
- Tentou obter dados sigilosos do acordo de colaboração de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Tentou controlar as informações fornecidas e alinhar versões entre os investigados;
- Teve ação efetiva na coordenação das ações clandestinas para tentar prender e executar Moraes.