A empresa AGO Engenharia de Obras, que tem sede na cidade de Medianeira, no interior do Paraná, foi contratada pelo Governo Federal para fazer a manutenção da BR-319 (Manaus-Porto Velho) e recebeu, em 2021 e 2022, de acordo com o Portal da Transparência, R$ 31,2 milhões de um contrato de R$ 34 milhões. Depois do desabamento das pontes sobre os rios Autaz Mirim e Curuçá, tanto aliados do governador Wilson Lima (União Brasil) quanto oposicionistas passaram a culpá-la pelos incidentes e pedir apuração rigorosa dos fatos.
O Movimento Amigos da BR-319 já havia denunciado a situação da ponte, assim como vários comunitários. Nada foi feito para prevenir o que acabou ocorrendo. Quatro pessoas morreram no desabamento da primeira ponte e 18 continuam desaparecidas. Mais duas têm risco de queda, uma também em Autazes e uma segunda ponte sobre o Rio Açará.
O abastecimento de Manaus está comprometido. A carga que vem de Rondônia tem que ir para Autazes e de lá passar para uma balsa para chegar à capital. O Governo do Estado declarou situação de emergência. Os municípios de Autazes, Careiro Castanho e Manaquiri estão isolados por via terrestre, uma vez que a saída para o Sul do Estado também é muito precária.
“Quero que alguém me aponte onde é a sede desta empresa – AGO Engenharia de Obras Ltda. -, em Manaus, e que o Crea diga quem é o engenheiro responsável por esta obra. É preciso apurar tudo isso. É tudo muito grave”, disse o deputado Serafim Corrêa (PSB), aliado do governador..
*Com informações blogdohiellevy