A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) deu início às discussões sobre a elaboração de um plano de ação integrado para intensificar o recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos e realizar logística reversa no âmbito da comercialização e armazenamento desse tipo de produto no estado. Em reunião com associações e entidades ligadas à revenda de defensivos, ao processamento de embalagens e à agricultura e pecuária, foi proposto que os grupos participantes e outros desenvolvam o plano de forma conjunta.
Os técnicos da Adaf se reuniram no dia 19 de abril com representantes da Associação dos Revendedores de Agrotóxicos do Amazonas (Aram), do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea) para tratar do assunto.
Durante o encontro, foram pontuados alguns dos desafios a serem enfrentados pelo grupo para a implementação de boas práticas, entre elas, a realização da lavagem correta das embalagens vazias de defensivos, a capacitação dos produtores e as distâncias enfrentadas pelos agricultores dos municípios amazonenses para a entrega voluntária dos recipientes.
O fiscal agropecuário engenheiro agrônomo da Adaf, Michaell dos Santos, explica que um dos gargalos da cadeia de agrotóxicos é a devolução de embalagens vazias de produtos.
“Essa convergência de esforços é justamente para contribuir com a mudança desse quadro. A ideia é que a gente possa somar os esforços, tanto da defesa agropecuária quanto do serviço de aprendizagem rural, através do Senar/Faea, e também da extensão rural. A proposta é a otimização de recursos para que possamos mudar esse quadro de devolução de embalagens vazias, aumentar a quantidade de embalagens devolvidas, juntamente com a Aram, que tem a proposta de recolhimento de embalagens vazias e embalagens com resíduos de agrotóxicos”, detalhou.
O diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo, ressalta a relevância da logística reversa. “Entendemos que essa ação do recolhimento de embalagens vazias faz parte da educação sanitária promovida pelos servidores da Adaf, não só pelo compromisso com a legislação, mas também para resguardar a saúde pública e evitar que as embalagens sejam utilizadas de forma indevida”, destaca.