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“A estrutura da feira está caindo sobre nós”, diz feirante do bairro Monte Pascoal

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Moradores e feirantes do bairro pedem do poder público reforma da feira e mais segurança

Com quase 30 anos de existência, a Feira do Monte Pascoal, no bairro Monte das Oliveiras, zona Norte de Manaus, enfrenta sérios problemas de infraestrutura. As condições do local representam riscos tanto para os comerciantes quanto para os clientes. Diante desses desafios, os trabalhadores e a comunidade local têm se organizado para exigir um ambiente mais seguro para todos.  

O feirante Antônio de Sá, de 58 anos, trabalha há 4 no local, vendendo peixe e afirma que a feira não oferece condições de trabalho adequadas. Os problemas vão desde a infraestrutura precária até a falta de medidas de segurança, o que deixa os trabalhadores e a comunidade inseguros.  Antônio de Sá, 58 anos, trabalha há 4 no local, vendendo peixe e afirma que a feira não oferece condições de trabalho (Foto: Jeiza Russo)

Antônio de Sá, 58 anos, trabalha há 4 no local, vendendo peixe e afirma que a feira não oferece condições de trabalho (Foto: Jeiza Russo)“A estrutura da feira está caindo sobre nós. Precisamos trabalhar com dignidade também. A feira está caindo, nós não temos segurança, poder público, é tudo a ‘Deus dará’, tudo ao léu, cada um por si e Deus por todos. Precisamos do poder público e que ele construa a nossa feira, porque nós precisamos trabalhar com dignidade”, disse Antônio.

 Segundo os moradores, a feira foi construída em uma área de invasão há cerca de 30 anos. O que os moradores agora pedem é que a prefeitura olhe por eles para levar infraestrutura e condições de trabalho para os feirantes. 

Atualmente, mesmo em condições precárias, o local abriga 64 trabalhadores, que tiram dali o sustento para suas famílias. É o caso da feirante Diney Ferreira da Silva, de 46 anos, que trabalha no local há 7 anos vendendo peixe, sua principal fonte de renda.  

“Quando chove é horrível, molha tudo, fica tudo alagado, tudo horrível. É vento, é chuva e molha tudo. Já é difícil a pessoa vir aqui para comprar e ainda chega aqui com chuva. Às vezes, eu penso até em sair daqui, porque é difícil, mas é a minha principal fonte de renda, porque eu fiquei desempregada e eu tenho menino pequeno, e agora eu tenho que trabalhar aqui dentro, tem 7 anos, daqui que eu tiro o sustento para os meus filhos e os meus netinhos que eu tenho agora”, relatou. Sem segurança

Outra questão levantada por eles é a falta de segurança no local, que não possui iluminação adequada à noite, além disso, as barracas estão sem manutenção, com estruturas enferrujadas, vazamentos e fiação elétrica inadequada.  “Aqui à noite fica tudo escuro, segurança a gente não tem. Tenho medo de roubos, e já aconteceu, tomei um prejuízo grande. Ano passado, duas vezes entraram na minha banca e eu tomei um prejuízo grande”, relatou Diney.

O assistente social Mauro Teixeira Pires Junior, de 50 anos, morador do bairro há 30 anos, está entre as pessoas que abraçaram essa causa.  Ele afirma que uma reforma no local é urgente e pede que as autoridades tomem medidas imediatas para garantir melhores condições para os trabalhadores e a comunidade que frequenta o local.  Morador do Monte Pascoal ressalta a precariedade da feira do bairro e cobra medidas da administração municipal (Foto: Jeiza Russo)

Morador do Monte Pascoal ressalta a precariedade da feira do bairro e cobra medidas da administração municipal (Foto: Jeiza Russo)“O ambiente aqui é muito precário. Através desse documento insistimos para que pelo menos fizesse um ‘paliativo’, se não desse para fazer de uma forma definitiva, mas de uma forma pelo menos paliativa para que pudesse melhorar as condições de trabalho das pessoas aqui e a convivência dos moradores do bairro para poder frequentar. Porque você vê hoje que o telhado está desabando e o que mais a gente está solicitando é a questão do telhado”, disse Mauro.

 “Então, a minha esperança é o poder público olhe para esse local e diga: eu vou chamar atenção para isso, porque isso aqui faz parte da comunidade, e hoje nós vamos ter aqui uma estrutura para todos usufruir, não só os permissionários, mas a população inteira”, disse o assistente social, que reconhece a importância do local para a comunidade e economia local.

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