O fato em si não tem importância, mas ele é revelador da índole autoritária do PT, para o qual a democracia não é valor absoluto, mas estratégico, apesar das juras de amor pelo pior dos regimes políticos, salvo todos os outros já experimentados.
Ao fato: o Metrópoles publicou que, durante uma live nas redes sociais, a coordenadora de um sindicato de servidores federais da área de educação, a senhora Elenira Vilela, disse que era necessário “destruir politicamente” ou “quiçá de outras formas” Michelle Bolsonaro. Da live, informa o site, participava o ex-presidente do PT José Genoíno.
A sindicalista disse exatamente o seguinte: “Ela (Michelle) é uma carta-chave. E, se a gente não arrumar um jeito de destruir ela politicamente, e quiçá de outras formas, jurídica, por exemplo, comprovando os crimes e tornando ela inelegível, nós vamos arrumar um problema para a cabeça.”
“Michelle Bolsonaro é apenas outro obstáculo que o partido quer remover”Mario Sabino
Antes que digam que sou bolsonarista (e vão dizer, claro), deixo registrado que eu era o publisher da revista digital que publicou a reportagem sobre os cheques de Michelle Bolsonaro — e que a fez ganhar o apelido de “Micheque”. A questão é menos a destruição programada da mulher de Jair Bolsonaro do que a fala da sindicalista, que está longe de ser exceção entre os petistas. Michelle Bolsonaro é apenas outro obstáculo que o partido quer remover.