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Chacina no Compaj: acusados negam participação em rebelião que deixou 12 mortos

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Acusados negam participação em rebelião que deixou 12 mortos

O julgamento dos acusados de liderar a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), ocorrido em 2002, segue nesta terça-feira (27/09). Durante a fase de interrogatórios, os réus Gelson Lima Carnaúba, Marcos Paulo da Cruz e Francisco Álvaro Pereira negaram participação na rebelião, que durou mais de 13 horas e resultou na morte de 11 detentos e um agente penitenciário.


Os trabalhos desse segundo dia começaram com a fase de interrogatórios dos acusados, por volta das 9h40. O primeiro réu a ser interrogado na sessão foi Francisco Álvaro Pereira, que declarou ser inocente das acusações e negou ter feito qualquer ameaça a Elgo Jobel Fernandes Guerreiro, testemunha já falecida, cujo depoimento em áudio gravado foi reproduzido na segunda-feira em plenário.


“Sou inocente. Nunca tive problemas com ninguém dos outros pavilhões. Sempre fui respeitoso e humilde. É isso que quero dizer aos jurados”, afirmou.
O interrogatório de Marcos Paulo da Cruz foi realizado na sequência, por volta das 10h20. Sobre o dia da rebelião, ele garantiu que no momento do ocorrido estava em sua cela e quando ouviu os estrondos e gritos começou a fazer oração junto com outros internos. “Nesse dia fiquei com medo. Nunca vi ninguém agredindo ninguém no presídio”, comentou, afirmando que assumiu o crime, à época, por orientação da defesa.


Gelson Carnaúba foi interrogado por quase duas horas. No início, ele começou falando que se sentia incomodado pelo fato de ser interrogado por videoconferência. No entanto, ao mesmo tempo, falou que “hoje estou tendo um julgamento justo”.
“Peço que os jurados não levem em consideração a farda que eu estou vestindo. Eu deveria estar contemplando os jurados”, disse o réu, por videoconferência. “Nunca determinei a morte de ninguém. Nem tinha benefícios na prisão”, disse em outro momento.


O julgamento acontece no Plenário do Júri do Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco, zona sul, sendo presidida pelo juiz Rosberg de Souza Crozara. A previsão é que concluído ainda na noite desta terça-feira.

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