Para quem não se recorda vamos lembrar neste TBT que em 2019 a Polícia Federal indiciou o senador Omar Aziz (PSD), atual candidato a reeleição, por suspeita de participar de um esquema de corrupção que desviou cerca de R$ 260 milhões da Saúde do Amazonas. Na época, Omar não foi preso por ter foro privilegiado.
Em julho de 2019, a PF realizou a Operação Vertex, que prendeu três irmãos de Omar, além da esposa dele, Nejmi Aziz, que nas eleições de 2018 declarou a Justiça Eleitoral possuir um patrimônio de R$ 30,3 milhões.
De acordo com as investigações, os desvios começaram quando Omar Aziz era governador do Amazonas, entre 2010 e 2014. Conforme a PF Aziz, autorizou a contratação do Instituto Novos Caminhos (INC) para fazer a gestão de hospitais do Amazonas. Os contratos, segundo o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM), era superfaturados e os valores repassados para políticos do estado.
Na época, em nota o senador afirmou que a decisão é “absolutamente equivocada, embasada em premissas que não condizem com a realidade e não se sustentam juridicamente”.
A investigação da operação Vertex está diretamente relacionada com as outras fases da Maus Caminhos, que são: ‘Custo Político’, ‘Estado de Emergência’ e a operação ‘Cashback’.
Em relatório de mais de 300 páginas, a PF relatou 26 ocasiões que apontaram envolvimento do senador em desvios de contratos assinados com o INC. Aziz teria recebido vantagens como uma mesada de R$ 500 mil, pagamento das contas de seu apartamento em Brasília, viagens em jatinho particular bancadas por Moustafa e um relógio de R$ 36 mil da marca Cartier como presente de aniversário.
De acordo com o inquérito, a Controladoria Geral da União (CGU) informa que, entre 2014 e 2015, o INC recebeu do Estado do Amazonas ao menos R$ 276 milhões. A PF não sabe dizer quanto desse dinheiro foi desviado.
A família também teria recebido benefícios como consultas médicas em unidades de saúde de luxo e pagamentos que variavam entre R$ 2.000 a R$ 250 mil.