Manaus/AM – Até junho deste ano, a cobertura vacinal contra a poliomielite (paralisia infantil) no Amazonas chegou a 46,72%. Apenas dois municípios do estado, Itapiranga e Silves, apresentam cobertura vacinal satisfatória, ultrapassando os 95% preconizados pelo Ministério da Saúde (MS). Os demais municípios, incluindo a capital, Manaus, estão abaixo da meta da vacinação, que é a única forma de prevenção contra a doença.
A informação é da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), que emitiu nota de alerta aos municípios para evitar a reintrodução da Poliomielite no Amazonas.
A média anual da vacinação caindo desde 2019, mesmo a vacina estando disponível e incluída no calendário vacinal infantil.
Em 2019, a cobertura vacinal era de 83,29%. No ano seguinte, em 2020, o Amazonas alcançou somente 67,52% do público alvo. O percentual se manteve em 2021, quando a cobertura era de 66,51% da população.
Ações para dar suporte à operacionalização das campanhas de vacinação que são de responsabilidade das prefeituras municipais estão sendo feitas pela FVS-AM, destaca a enfermeira Angela Desirée, do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS.
De acordo com autoridades de saúde, enquanto a poliomielite existir em qualquer lugar do planeta, há o risco de importação da doença. O vírus é perigoso e de alta transmissibilidade, mais transmissível do que o da Covid-19, por exemplo, diz a Fiocruz.
Há mais de 30 anos, o Amazonas não registra um caso da doença. O esquema vacinal consiste na administração de três doses de vacina inativada poliomielite (VIP), aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses.
O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias. Devem ainda ser administradas duas doses de reforço, a primeira aos 15 meses e a segunda aos 4 anos de idade.