Amazonas – Nesta terça-feira (3), o senador conhecido pelo escândalo da operação ‘Maus Caminhos’, Omar Aziz (PSD-AM), compareceu ao lado de seu subordinado, Marcelo Ramos (PSD), em evento do partido Solidariedade para prestar apoio ao ex-condenado Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Pouco tempo após terem sido confrontados por populares em Tefé e desistido de ir à Festa da Castanha, Omar e Ramos resolveram estreitar ainda mais as relações com Lula e antecipar a prestação de apoio.
Representando o PSD e a bancada da esquerda no Amazonas, Omar Aziz subiu ao palco para prestar apoio à candidatura de Lula e atacar o governo Federal. Mesmo sendo uma das personalidades que mais se destaca por censurar o debate público e ir contra a democracia, Omar Aziz disse que a finalidade do encontro era “para tentar aglutinar o maior número de forças democráticas, seja esquerda, centro, e até direita, que acreditam na democracia e acha que através do voto democrático tem direito de escolher quem você quiser”, disse Omar.
Ao subir no palco, Lula trocou elogios com Aziz pela CPI da Covid, vista por muitos como um “circo”, da qual Omar Aziz foi presidente e recebeu inúmeros processos por abuso de poder, constrangimento e quebra de decoro.
O deputado federal e primeiro-vice presidente da câmara, Marcelo Ramos (PSD), também participou do evento. Após ter sido expulso do Partido Liberal (PL) por militar contra o presidente da República, Marcelo encontrou abrigo nos braços de Omar Aziz, filiando-se ao PSD e se tornado lacaio fiel. Em seu papel na câmara dos deputados, Marcelo Ramos se destacou por atropelar a condução da Lei de Diretrizes Orçamentários (LDO) para aprovar os 5,7 bilhões para fundo eleitoral, além de ser autor e idealizador da proposta de taxar a geração própria de energia solar no Brasil, recebendo a alcunha de ter sido o deputado que “taxou o Sol”.
Em dezembro de 2021, disse Ramos:
“Enquanto muitos me atacavam nesse tema da GD [geração distribuída], eu seguia sereno e obstinado por um acordo que viabilizasse a GD sem impactar no consumidor cativo. Essa tese prevaleceu. Venceram todos”.
Seis meses após a aprovação do projeto, já não se torna tão vantajosa quanto antes, para a classe média e alta, instalar painéis solares. Menos ainda aos pobres: não se tornou nada acessível aos de baixa renda recorrer ao setor regulamentado e adquirir painéis solares, já que a indústria dessa área foi abalada pela crise de semicondutores e as placas ficaram ainda mais caras. Em seguida, o próprio senado teve que aprovar Lei 14.302, para recuperar a competitividade que a anterior não deu ao setor.
Ramos foi responsável por retardar a possibilidade do desenvolvimento de uma grande indústria que livraria muitos brasileiros de serem explorados pelas empresas concessionárias estatais de energia elétrica.
*Com informações CM7