Na última semana, a Rússia usou pela primeira vez um submarino contra alvos militares na Ucrânia. De acordo com o Ministério da Defesa do país, um submarino diesel-elétrico da classe Kilo não identificado teria lançado na sexta-feira (29) uma salva de mísseis Kalibr contra o rival. Mas este não é um submarino nuclear, como o temível Ohio, pertencente à Marinha dos EUA.
Submarinos nucleares são extremamente perigosos e com alto poder de destruição. Por terem a propulsão nuclear a bordo, estas máquinas não exigem reabastecimento e possuem energia suficiente para operar em velocidades mais rápidas do que as diesel-elétricas — como foi o caso do veículo russo.
Atualmente, segundo o especialista H. I. Sutton, do Covert Shores, a classe Ohio é a mais potente do mundo. Iniciada em 1976, a família inclui 14 submarinos de mísseis balísticos e quatro de mísseis de cruzeiro. Cada um é capaz de deslocar 18.750 toneladas debaixo do mar, possuindo o maior número de torpedos e armas — ao todo, são 176 mísseis de cruzeiro.
A última vez que um submarino da classe Ohio foi avistado se deu no início do ano, quando o USS Nevada foi encontrado na ilha de Guam, território americano no Oceano Pacífico. Com 170 metros de comprimento e largura de 13 metros, o submarino conta com 24 mísseis balísticos intercontinentais Trident II D-5 como armamento principal e é capaz — assim como quase todos em sua classe — de ficar até 77 dias debaixo do mar. Os alvos também não são problema, já que as máquinas da classe Ohio possuem um alcance de 11.300 km de distância. Para piorar, o Trident II D-5 possui um poder destrutivo seis vezes maior do que a bomba jogada em Hiroshima, segundo a publicação Popular Mechanics.
Em tamanho, o Ohio é o terceiro maior do mundo. Ele fica atrás dos submarinos Typhoon, construídos pela União Soviética e ainda em serviço para a Marinha russa, e os Borey, feitos para o mesmo país. Ambos possuem, respectivamente, deslocamento de 48 mil e 24 mil toneladas.
Pódio tem dois submarinos russos
Embora o Ohio seja extremamente mortífero, a Marinha russa possui duas classes poderosas na lista do submarinos mais potentes. Construída em 1993, o submarino de mísseis de cruzeiro Severodvinsk funciona também com um reator nuclear e um deslocamento de 13.800 toneladas. Atualmente, as quatro unidades — Severodvinsk, Kazan, Novosibirsk e Krasnoyarsk — estão estacionadas nas frotas russas do Ártico e do Pacífico.
Em terceiro, vem a também classe russa Oscar II, que possui cinco submarinos ativos, dois deles em modernização e todos de mísseis de cruzeiro. Por enquanto, a Marinha do país não utilizou nenhum desses submarinos mais letais na guerra contra a Ucrânia.
Crédito: Marinha dos EUA/Divulgação (USS Nevada no detalhe)