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Elon Musk é processado por investidor do Twitter por omitir compra de ações

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A polêmica relação entre Elon Musk e o Twitter ganhou um novo capítulo na terça-feira (12). Um investidor da rede social entrou na Justiça contra o bilionário, acusando-o de não informar a compra de 5% de participação na companhia no prazo determinado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC. A demora teria permitido que Musk comprasse mais ações da plataforma por um preço reduzido, obtendo lucro de US$ 156 milhões à custa dos investidores.

Elon Musk se tornou o maior acionista individual do Twitter após comprar 9,1% de ações do microblog. Desde a semana passada, contudo, o bilionário já entrou e saiu do conselho administrativo da empresa, em uma série de episódios que põem em cheque qual seria o real interesse de Musk na rede social.

O investidor Marc Bain Rasella avalia que Musk cometeu fraude na demora para anunciar a compra de 5% nas ações entre 24 de março e 1º de abril. O autor do processo alega que houve uma espécie de “trapaça”, já que os acionistas que venderam títulos da rede social nesse período não aproveitaram o aumento de preços em razão da entrada do bilionário como investidor.

O processo foi protocolado na Corte Federal de Manhattan. Conforme o documento, Musk começou a comprar ações do Twitter em janeiro e, até 14 de março, ele havia adquirido 5% de participação. Pelas regras da SEC, um acionista que compra essa fatia de uma empresa deve enviar um formulário, dentro de 10 dias, informando investidores sobre a operação. Mas ele não divulgou o arremate até 4 de abril, quando obteve 9,1% da rede social.

Elon Musk desistiu de vaga no conselho do Twitter

Rasella, que abriu a ação contra Musk na Justiça, cita que investidores venderam ações por preços “artificialmente rebaixados” em razão da estratégia do bilionário. O processo também acusa o CEO da Tesla e da Space-X de omitir e prestar informações “materialmente falsas e enganosas”.

Musk estava cotado para assumir um cargo no conselho administrativo no Twitter, mas desistiu da vaga. Em nota, o CEO da rede social, Parag Agrawal, afirmou que a decisão do bilionário de não tomar posse como conselheiro “foi para o melhor”.

Nos bastidores, o anúncio causou mal-estar entre funcionários da empresa, que temiam a influência que o bilionário — um defensor assíduo da “liberdade de expressão” — poderia exercer sobre a rede social. Musk publicou uma série de tuítes bizarros no final de semana antes de desistir da vaga no conselho. Em uma das postagens, ele perguntou a seus seguidores se o Twitter “estava morrendo”.

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