Um pequeno grupo de soldados ucranianos que estavam nos Estados Unidos antes da invasão russa da Ucrânia estão sendo treinados no uso de drones armados Switchblade que Washington está enviando a Kiev, disse nesta quarta-feira (6) um alto funcionário do Pentágono.
O porta-voz do Departamento de Defesa, John Kirby, explicou tratar-se de um número “muito pequeno” de soldados ucranianos que já estavam nos EUA antes de a Rússia invadir a Ucrânia.
“Aproveitamos a oportunidade para treiná-los durante alguns dias, especialmente nos drones Switchblade. Assim, eles poderão voltar e treinar seus colegas no Exército ucraniano”, explicou Kirby.
O porta-voz afirmou ainda que cerca de cem drones foram enviados para reforçar a luta dos ucranianos contra as tropas russas. Esse tipo de drone é essencialmente uma bomba controlada remotamente para atingir alvos inimigos.
O presidente Joe Biden anunciou em 16 de março que, entre outros tipos de armas e munições que Washington enviou à Ucrânia, também começariam a ser enviados os Switchblades.
Batizados com esse nome pela maneira como abrem suas asas ao decolar, os drones Switchblade também são conhecidos como munições de espreita, pois podem voar para áreas-alvo e permanecer lá até que um alvo seja identificado. O operador pode então direcioná-los para o alvo para fazê-los explodir.
Em sua versão original, essas armas eram pequenas o suficiente para serem carregadas em uma mochila, e eram usadas pelas tropas americanas no Afeganistão.
Uma versão maior, com mais explosivos, para atacar veículos blindados, foi desenvolvida pelos EUA, mas o Pentágono não quis confirmar qual das duas versões havia sido enviada à Ucrânia.
Nesta terça-feira (5), Washington anunciou a liberação de mais 100 milhões de dólares (R$ 472 milhões) de ajuda militar, enquanto as tropas ucranianas reconquistam os arredores de Kiev.
Seis semanas depois do início da invasão, Kirby garantiu que todas as forças russas deslocadas para a região de Kiev parecem ter deixado a Ucrânia. “Acreditamos que se retiraram completamente de Kiev e Chernihiv”, acrescentou.
Moscou indicou estar se preparando para intensificar os combates no leste e no sul da Ucrânia, onde suas forças controlam grandes porções do território.
No entanto, Kirby afirmou que o Pentágono “não observou uma afluência tangível de forças ou recursos no Donbass”.