Depois das acusações de assédio moral e sexual reveladas na última semana por ex-funcionários, a edição deste domingo (3/4) do Fantástico conversou com vítimas que teriam sido estupradas pelo vereador carioca Gabriel Monteiro.
“Colocou a arma na minha cabeça mandando eu ficar quieta”, contou uma das mulheres. Outra afirma que presenciou Gabriel ameaçando uma mulher e, posteriormente, foi chamada para ter relações sexuais com o casal. Na época, a jovem tinha apenas 16 anos.
“Eu implorando pra ele parar, ele afundou a minha cara no travesseiro encostado na parede. Minha mãe começou a me ligar na hora. Ele foi e pegou meu telefone, tirou a bateria, escondeu meu celular embaixo da cama”, narra a jovem. O homem teria continuado, mesmo com os pedidos da vítima para que ele parasse.
Ao fim, perguntou se “teria sido bom”. Ao ouvir da jovem que iria denunciá-lo, Gabriel teria dito que o Estado não acreditaria nela, uma menina de 16 anos que teria ido até a casa dele por vontade própria.
Uma segunda mulher contou que ele se recusou a usar camisinha e continuou a relação contra a sua vontade. “Antes do ato em si, ele disse que não iria por o preservativo. E eu questionei, falei: você tem que colocar, sim, o preservativo. Nessa hora, ele simplesmente ignorou tudo que eu tinha falado e começou a relação sexual.”
A terceira vítima ouvida pelo Fantástico afirma que iniciou uma relação consensual com o vereador, até que ele começou a filmar a jovem e tentar mostrar suas partes íntimas e o rosto. “Eu comecei a gritar muito e ele pegou a arma e colocou a arma no freio de mão. Próximo ao freio de mão. E eu comecei a me debater, me debatia. Só que ele conseguiu fazer a penetração, tudo, sem camisinha. E, um certo momento, ele colocou a arma na minha cabeça mandando eu ficar quieta”, desabafa.
Após saber do abuso, a mãe da terceira mulher teve medo de denunciar o estupro às autoridades, por Gabriel Monteiro atuar, na época, como policial militar.
*Com informações metrópoles