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A FESTA DA DEMOCRACIA

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Eleições se aproximam e mais uma vez vamos viver o burburinho das pretensões políticas. Gente querendo se eleger ou se manter no cargo, no poder.

Por (Evandro Lobo – poeta e jornalista)

Afinal, em tempos de crise financeira, quem não quer ter/manter um bom salário e regalias, ou ter/manter a prerrogativa de interferir, mandar, influenciar ? Trabalhar pouco, falar muito e ganhar bem. E tudo isso com respaldo popular, e a guarita da impunidade que a Constituição e outras leis e circunstâncias permitem.

As eleições para deputados federais e estaduais, senadores e presidente da República atraem as atenções não apenas pela quantidade de cargos oferecidos e gente se oferecendo, mas também pela qualidade que em princípio deveriam ter como representantes do povo.

E com a facilidade de acesso a informações, a internet disponível em qualquer celular, a cada ano essa escolha deveria ficar mais fácil. Mas é justamente o contrário. Pois avaliar a índole dos pretendentes vai ser um exercício difícil entre tantos entretantos deste ano.

Sem contar as fakes news, um dos males que assolaram e ainda assombram todos os meios de comunicação e tornaram muito mais difíceis as escolhas de quem fala ou faz “de verdade”.

A política transformou a consciência em conveniência e os embates não estão no nível da ideias, das propostas de melhoria do bem comum e sim no nível da disputa pessoal, do interesse particular pela manutenção ou ocupação de algum lugar, seja na Câmara Federal, seja nas assembleias, seja na Presidência.

É claro que no meio de tudo e de todos ainda se pode encontrar pessoas realmente comprometidas com as causas políticas, com os anseios do cidadão, da comunidade, do estado e do país. Vai ser difícil, mas encontrá-los-emos.

E o quanto puderem façam essa procura mais criteriosa possível, passem os nomes por uma peneira, se informem sobre quem vocês desejam “colocar lá” para lhes representarem, como assim manda a Constituição. Lembrem-se: a festa da democracia também é nossa, e só nós que deveríamos comandá-la e não transformar na balburdia de interesses em que se transformou.

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