Os artistas que trabalham no Carnaval reuniram-se no último sábado (8), na Avenida do Samba, em frente aos barracões das escolas de samba, para discutir a possível não realização do desfile das escolas de samba no sambódromo. O anúncio do cancelamento das bandas de rua por parte da prefeitura e o novo decreto anunciado pelo governador causou temor na categoria. Eles querem abrir diálogo com as autoridades para tentar uma alternativa.
“Não fomos ouvidos. Entendemos que o momento exige cuidados sanitários, mas temos colegas que estão ensaiando há meses, outros contam com as contratações para alimentar suas famílias. No último levantamento feito somente no grupo especial, mais de 400 pessoas ficarão sem trabalho”, declarou Dudson Carvalho, artista plástico e carnavalesco.
O grupo pretende discutir alternativas, que serão apresentadas ao prefeito David Almeida (Avante) e ao governador Wilson Lima (PSC). “Não queremos causar transtornos, mas não podemos ser duramente castigados com o possível cancelamento. A classe artística foi a mais afetada com as restrições.
Precisamos da sensibilidade e parceria do município e do estado no sentido de proteger nossas vidas e de nossas famílias. A Covid-19, a influenza ou a ômicron podem ou não nos afetar, mas a fome seguramente irá nos matar”, disse Carvalho, emocionado.
