O governador de São Paulo, João Dória Junior (PSDB), esteve em Manaus hoje, cumprindo a agenda de visitas que faz antes das prévias que seu partido promove para a escolha do candidato a presidente da República. Ele elogiou os outros três concorrentes, inclusive o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, também presente ao evento. E atacou seu desafeto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), dizendo que a política dele para a Amazônia é um desastre. Também afirmou que é francamente favorável à Zona Franca de Manaus, em contraponto a empresários e entidades paulistas que vez por outra atacam o modelo amazonense.
Dória e Arthur discursaram focando no tema meio ambiente. O ex-prefeito disse que “o Brasil não consegue sobreviver sem a Amazônia”. E lamentou o incentivo do Governo Federal à prática do garimpo. “Se o PSDB assumir o comando do país, os garimpeiros não ficam mais um minuto aqui”, disparou.
Dória foi além. Disse que foi convidado a palestrar da cúpula do clima, que será realizada em novembro, na capital da Escócia, Glasgow. “O ministro do meio ambiente não estará lá, porque não se convida alguém que atenta contra o meio ambiente para um evento que pretende preservá-lo”. O governador lembrou que foi um incentivador da criação da Fundação Amazonas Sustentável e fez um elogio à atuação da organização não-governamental, incluindo em suas palavras o ex-secretário de Meio Ambiente do Estado e hoje presidente da entidade, Virgílio Viana.
Em outro momento do discurso, Dória reconheceu a importância da Zona Franca de Manaus para a manutenção da floresta em pé e disse ser favorável a políticas que incentivem a permanência do amazônida em sua terra. “Defendo com ênfase a remuneração pelos serviços ambientais”, pontou.
Além de Doria e Neto, disputam as prévias do PSDB, que devem ocorrer na virada do ano, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o senador cearense Tasso Jereissati.