Gilberto Flares Lopes Pontes, 39, o membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) que ordenou as mortes das duas amazonenses Julia Renata Garcia e Claúdia Cristina Pinto Menezes em Paraisópolis, foi achado morto em um cemitério clandestino em São Paulo.
“Tobé”, como era conhecido, foi torturado e executado pelo próprio PCC, por ter matado as mulheres sem autorização, mas também por desviar dinheiro da faação.
Segundo a polícia, ele era um dos homens de confiança da organização e cuidava de toda a finança dela. Em um ano, ele movimentou mais de R$ 1 bilhão para o PCC. Contudo, integrantes do grupo teriam descoberto desfalques de valores e informaram o problema à cúpula.
A situação do faccionado se complicou ainda mais com as mortes das amigas amazonenses, pois com a entrada da polícia na comunidade durante as investigações, tráfico foi comprometido e a facção perdeu dinheiro nesse período.
Após os “erros”, o PCC decidiu levar Tobé ao tribunal do crime e o torturou bastante antes de executá-lo. Ele foi encontrado com mãos e pés amarrados, com várias marcas de espancamento pelo corpo e tiros.
Além dele, outro integrante do PCC, identificado como Daniel da Costa Lopes, “o Professor”, também foi assassinado e teve o corpo abandonado no cemitério clandestino. A polícia ainda não sabe se ele também teria ligação com a morte das amazonenses.