Condenado a mais de 11 anos de prisão por exploração sexual de crianças e adolescentes, o ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, pediu revisão criminal do processo, que saiu do julgamento virtual das Câmaras Reunidas e entrou na pauta geral de julgamento do Tribunal de Justiça do Amazonas. O julgamento está marcado para 8 de setembro.
A defesa do político questiona a imparcialidade do relator do processo à época, o então desembargador Rafael de Araújo Romano, e alega que o magistrado aposentado foi posteriormente condenado por suposto abuso sexual da própria neta.
Adail foi condenado em novembro de 2014. Ele era acusado de favorecimento à prostituição, além de improbidade administrativa. A ação de pedofilia foi resultado de uma denúncia feita pelo Ministério Público em 2009, após investigação feita pela Polícia Federal (PF).
No entanto, o ex-prefeito foi contemplado pelo indulto natalino do presidente Michel Temer, em 2016, e teve extinção da pena. Na época, o Tribunal de Justiça, com base no parecer favorável do Ministério Público do Amazonas, concluiu que o ex-político se enquadrava nos requisitos do perdão presidencial. Mais tarde, o próprio tribunal suspendeu o benefício de Adail.