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“Tinder” de currículos promete match entre candidatos e vagas de emprego

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Jovens são um dos grupos mais afetados pelo desemprego no Brasil. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a quantidade de desempregados entre de 18 a 24 anos é quase o dobro da média nacional. Mas uma ferramenta inteligente promete selecionar candidatos ideais para vagas no mercado de trabalho, usando um sistema que dá um “match” entre as competências de quem procura emprego às exigências dos recrutadores.

Software dá um “match” entre o perfil candidatos jovens e vagas disponíveis (Imagem: TAQE/Divulgação)

Procurar emprego durante a pandemia não é tarefa fácil, e muitos acabam desistindo por diversos fatores, como inexperiência ou incompatibilidade com as vagas. Entre os jovens, a situação é mais alarmante: 31% dos brasileiros na faixa de 18 a 24 anos estão desempregados, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, divulgada no fim de julho. É uma taxa de desemprego muito acima da média nacional, de 14,6%.

Tecnologia gera um “match” entre candidato e vaga

Uma solução inteligente quer facilitar e tornar mais ágil o processo de recrutamento de jovens, inclusive os de baixa renda.

A TAQE, empresa que desenvolve softwares que auxiliam no recrutamento e seleção de candidatos, criou um banco de dados inteligente, capaz de relacionar informações do candidato com requisitos da vaga. A ferramenta, que tem o mesmo nome da companhia (TAQE), é capaz de dar um “match” entre o jovem que procura emprego e os recrutadores.

A sócio-fundadora da TAQE, Denise Asnis, afirma que a ferramenta entra em ação quando o candidato preenche os dados de uma ficha de cadastro, que vai além do simples perfil profissional:

“A TAQE é muito mais do que o simples currículo. Ela é uma plataforma na qual o jovem entra e faz testes de competência, de português ou comportamento. Mas a ferramenta também tem aulas que ensinam candidatos a como irem bem em entrevistas, como criar um currículo ideal para o recrutador de determinadas áreas”

Apesar de ter sido criada para aproximar jovens do mercado de trabalho, Asnis explica que a TAQE ajuda muitos candidatos dentro da faixa dos 40 anos, por exemplo. E são pessoas do Brasil inteiro: a empresa tem forte concentração de clientes nas capitais das regiões Sul e Sudeste, mas tem presença no Nordeste. Só neste ano, ela foi responsável por empregar 5 mil pessoas.

Versão do app da TAQE para mobile (Imagem: TAQE/Divulgação)

Ferramenta aproxima candidatos a vagas usando games

À medida em que o candidato vai pontuando em testes e realizando alguns dos minicursos da TAQE, seus resultados são armazenados em um banco de dados e são usados para formar um ranking.

Quando as empresas cadastradas na plataforma abrem uma vaga, elas também preenchem uma ficha técnica sobre o perfil do candidato desejado. Caso o usuário se encaixe na vaga, ele é então notificado pela plataforma. Se a pessoa quiser continuar no processo seletivo, ela consente em enviar suas informações de qualificação profissional — como a pontuação de ranking — para a empresa que abriu a vaga.

Pontuação de jovens de baixa renda é multiplicada

Para combater eventuais desigualdades que surjam dentro da TAQE, a empresa mantém os mesmos critérios de avaliação para todos, mas aumenta o multiplicador de pontos de candidatos que estejam em desvantagem. “Se a pessoa vem de um bairro com um IDH mais baixo, por exemplo, para dar mais equidade ao processo, multiplicamos os pontos dela por dois”, comenta Asnis.

Por enquanto, a TAQE tem uma base de mais de 1 milhão de usuários. A ferramenta já ajudou a empregar 11 mil candidatos em vagas de trabalho.

Uma das instituições que usa o sistema de aproximação entre recrutadores e jovens é a ONG Espro (Ensino Social Profissionalizante). Ela adotou a tecnologia para agilizar a entrada de jovens em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho.

Espro usa TAQE para ajudar jovens em situação de vulnerabilidade a se aproximarem do mercado de trabalho (Imagem: Espro/Divulgação)

“Um processo que demorava 30 dias agora pode ser feito em uma semana ou menos”, comenta Alexandre Saade, superintendente da Espro. “O sistema permite localizar os candidatos a partir de características profissionais, pessoais e socioeconômicas de forma muito mais efetiva. Por isso optamos pela utilização de inovação aberta para a nossa transformação digital”.

A Espro também ajuda jovens que querem entrar no mercado de trabalho por todo o Brasil, com sedes e filiais em 16 estados do país. Por ano, ela capacita 12 mil brasileiros em situação de vulnerabilidade.

O app da TAQE está disponível para iOS e Android. Também é possível acessar uma versão da plataforma de HRTech para desktop.

Com informações de Tecnoblog.

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