Nesta sexta-feira (13), começa a ser implementada a segunda fase do Open Banking. O sistema permitirá que os clientes autorizem o compartilhamento dos seus dados entre instituições bancárias em troca de ofertas e serviços personalizados. Um dos objetivos, é que a novidade facilite o acesso a empréstimos e cartões de crédito.
Esse compartilhamento inclui dados pessoais como endereço e renda, e só poderá ser realizado com autorização prévia e por um prazo específico.
Como o Open Banking funciona?
Ao receber uma oferta e autorizar o compartilhamento, o cliente permite que uma determinada instituição financeira acesse informações de uma outra com a qual já teve algum vínculo anterior.
Como mencionado antes, o procedimento só pode ser oferecido em conjunto de um benefício, ou seja, um financiamento ou a abertura de uma conta, por exemplo. O tempo máximo desse intercâmbio de dados será de um ano. Caso mude de ideia, o cliente também poderá cancelar essa autorização a qualquer momento procurando as instituições envolvidas.
Com esse cruzamento, os bancos poderão oferecer condições diferenciadas conforme o perfil financeiro de cada cliente.
Quais serão os próximos passos?
Se tudo correr como o esperado, a partir do dia 30 de agosto se inicia a terceira fase do programa, em que será possível realizar pagamentos via Pix. A quarta e última fase, está prevista para o dia 15 de dezembro e será concluída no dia 31 de maio de 2022, e incluirá operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência.
Pelas regras estabelecidas pelo Banco Central, a participação no open banking será obrigatória para todas as grandes e médias instituições financeiras do país.
Em nota, o Banco Central afirmou que o Open Banking é um ecossistema em constante evolução e que os benefícios serão observados na prática com o passar do tempo.
O estado de alerta com o sistema em vigor deve ser redobrado, já que essas solicitações de dados não se darão de maneira genérica. Nesse momento, dependendo da abordagem, o risco de ser vítima de um golpe é maior. Os bancos não efetuarão convites por SMS, adverte Leandro Vilain, CEO de Inovação, Produtos e Serviços da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
“Em geral, esses convites são falsos e levam a páginas falsas”, Vilain também recomenda cautela ao clicar em links enviados por e-mail.
De maneira geral, a norma é que a abordagem seja feita pelos canais de atendimento oficiais dos bancos, com os quais o cliente já tem algum relacionamento e confiança.
Com um investimento de R$ 98 milhões, mais de 25 conglomerados financeiros e 250 profissionais se envolveram no desenvolvimento do Open Banking. Mais informações sobre o sistema estão disponíveis aqui.
Com informações de Agência Brasil, Folha, CNN.