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Conselheira Yara Lins rebate denúncia de Omar Aziz contra ela: “perseguição política, vazia de fundamentos”

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A conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) Yara Lins se manifestou com indignação após o senador Omar Aziz (PSD) apresentar na terça-feira (13) à Polícia Federal (PF) e à Controladoria Geral da União (CGU) uma notícia-crime contra ela e seus familiares, entre eles o deputado Fausto Júnior (MDB), por suposto recebimento propina em um esquema para favorecer um grupo de empresas que operam em contratos bilionários com a Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM).

A magistrada do TCE-AM disse que recebeu com indignação as tentativas de intimidação do senador pois em seus 46 anos de vida pública sempre combateu a corrupção e a má gestão. Além disso ela também afirmou que está acostumada a lutar contra o machismo e ter que provar a qualidade de suas condutas profissionais que a fizeram alcançar a presidência do TCE-AM.

“Uma perseguição política, vazia de fundamentos jurídicos, baseada em uma narrativa fantasiosa de declarações e suposições de documentos incorretos, incompletos e de origem incerta, tem como único objetivo macular minha imagem”, disse ela em nota.

De acordo com o senador, a conselheira deveria ser investigada pelos crimes de nepotismo, falsidade ideológica, ocultação de bens, advocacia administrativa, sonegação e fraude.

Yara afirmou que as medidas judiciais cabíveis ao caso estão sendo tomadas.

Confira a íntegra do documento:

Embate com Fausto
Omar explica na denúncia que deu início à investigação após o depoimento de Fausto Júnior na CPI da Covid, ocorrido no mês passado, momento em que foi confrontado pelo depoente e expostos escândalos envolvendo familiares do senador em desvios da área de Saúde do Estado.

“Senador eu me recuso a ser atacado na minha idoneidade. Ta expondo coisas pessoais. […] Vossa excelência e sua família são acusados de desviar R$260 milhões da saúde (do Amazonas). […] Fale a verdade senador, vossa excelência não tem moral para falar de mim”, disparou Fausto ao lembrar que Omar Aziz e seus familiares são alvos de investigação da Operação Maus Caminhos.

Em outro momento o deputado também afirmou que Omar Aziz, deveria também ter sido indiciado, por possíveis crimes praticados durante a sua gestão como governador do Amazonas, no início da década. “Todos os governadores investigados pela CPI mereciam ser indiciados. Eu propus isso na comissão e não foi aceito. O certo era pra ser indiciado inclusive o ex-governador Omar Aziz, pela gestão dele na saúde, não somente o governador Wilson Lima, todos têm participação”, disse Fausto.