BRASÍLIA. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) aproveitou hoje a volta dos trabalhos presenciais no plenário para protestar contra as mudanças incluídas na proposta de reforma tributária defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que atingirão em cheio as indústrias da Zona Franca de Manaus, especialmente o setor de produção de xaropes para refrigerantes.
Da tribuna, Plínio reclamou que Guedes não perde uma oportunidade de prejudicar a Zona Franca, desta vez, na reforma tributária em discussão, reduzido os subsídios que tornam os produtos do Polo Industrial de Manaus competitivos. Com números, o senador provou que o retorno em impostos da ZFM de Manaus para o País é muito maior do que os subsídios concedidos às industrias do PIM, que além de garantir mais de 100 mil empregos, tiram da floresta o homem que buscava seu sustento derrubando a mata.
CONFIRA O DISCURSO NA ÍNTEGRA:
A Zona Franca de Manaus foi criada na Constituição em 1967 para levar a indústria sem chaminés para o meio da Amazônia, com subsídios por se tratar de uma região isolada do resto do País, e gerar desenvolvimento e emprego para a região. Para tornar o projeto competitivo compensando as longas distâncias, a Constituição prevê o tratamento tributário especial.
Plínio aproveitou também para lembrar a importância da recuperação da BR 319, que na crise da falta de oxigênio da pandemia em Manaus, com centenas de mortes, jogou luz na falta de logística para a chegada do medicamento em tempo hábil, porque a estrada estava intransitável.
