Brasil – Durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, realizada nesta terça-feira (20), o senador Plínio Valério voltou a defender os interesses dos amazonenses em relação ao desenvolvimento do estado, que vem sendo comprometido pela ausência de pavimentação da BR-319. A falta de infraestrutura na rodovia compromete o direito constitucional de ir e vir da população da região. Ainda assim, o isolamento é defendido por ONGs que, segundo o senador, se escondem atrás de um discurso de preservação ambiental.
Aproveitando a tribuna, Plínio destacou os desafios enfrentados pelo estado, especialmente com a estiagem que se aproxima.
“O Amazonas não tem direito a desenvolvimento, a escoamento, a saúde e a educação, posto que não tem uma estrada que ligue ao Brasil. Eu estou falando de saúde, educação, transporte, mas acima de tudo o direito de ir e vir. E agora vem a estiagem”,
O senador, enfatizando que o asfaltamento da BR-319 é fundamental, já que o principal meio de transporte dos amazonenses para outras cidades do país são os rios, os quais ficam intransitáveis durante a seca.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, reconheceu a gravidade da situação de mobilidade enfrentada pelo Amazonas e pela capital Manaus.
“Não há nenhuma cidade do mundo, como Manaus, que tenha mais de 2 milhões de habitantes. No planeta inteiro, 2 milhões de habitantes, que não tenha acesso (a outras cidades e estados) por asfalto. Só tem acesso por rios”.
Plínio ainda mencionou a atuação de cerca de 12 a 13 ONGs ambientais que, segundo ele, dificultam os esforços do ministro Renan em avançar com o projeto da rodovia. Agora, você vai saber como funciona o esquema dessas ONGs e quais são as principais envolvidas.
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Principais ONGs que sabotam a BR-319
O Observatório do Clima é uma das principais organizações que atuam contra o asfaltamento da BR-319. Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, já foram derrubadas três liminares judiciais movidas por essa entidade que buscavam anular as licenças ambientais emitidas pelo Ibama para as obras na rodovia. Apesar de contar com cerca de 130 ONGs sob seu guarda-chuva, aproximadamente 12 a 13 têm atuação direta e mais intensa na questão ambiental da BR-319.
Entre os grupos mais influentes estão ONGs nacionais e internacionais de grande porte, como Greenpeace, WWF, Instituto Arapyaú, Climate Smart Institute, Coiab, IPAM, Imazon, SOS Amazônia, Laclima, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Instituto Ação Climática, Rede GTA (Grupo de Trabalho Amazônico) e Iniciativa Verde. Essas entidades são classificadas pelo próprio Observatório do Clima como “colaboradores”, mas têm forte atuação política e jurídica, frequentemente acionando o Ministério Público para barrar o avanço da pavimentação.
Além disso, o Instituto Socioambiental (ISA) e a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) são apontadas como instituições que atuam diretamente contra a BR-319. Eles estariam alinhados com órgãos como Funai e o Ministério do Meio Ambiente, dificultando processos de consulta às comunidades locais e promovendo a criação de reservas ao longo do traçado da rodovia, o que complica ainda mais o andamento das obras.
No entanto, o senador Plínio promete que continuará defendendo o asfaltamento da BR-319. “Eu só vou me dar por satisfeito quando a BR for trafegada outra vez. Vamos continuar lutando”, afirmou. O ministro Renan Filho prometeu a entrega de 50 quilômetros pavimentados no Bloco C do meião, como forma de demonstrar o empenho da pasta. As ONGs devem, como de praxe, tentar barrar novamente o avanço das obras.
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