O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu ir à passeata a favor da anistia dos presos pelo 8 de Janeiro que será realizada em Brasília nesta 4ª feira (7.mai.2025). Na 3ª feira (6.mai), havia dito que a chance de comparecer era “próxima de zero”.
Em vídeo compartilhado pelo pastor Silas Malafaia nas redes sociais, Bolsonaro convocou apoiadores ao ato na capital federal. Disse que irá participar do início do evento, durante a concentração na Torre de TV.
Ao Poder360, Bolsonaro afirmou que a sua situação de saúde ainda é “complicada” e que um “abraço mal dado” ou um “empurrão” poderiam atrapalhar sua recuperação.
O ex-presidente ficou 22 dias internado, sendo ao 20 deles na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), após ser submetido a uma cirurgia no abdômen. Recebeu orientação médica de não comparecer ao ato e permanecer em repouso.
A manifestação, organizada por Malafaia, começa às 16h. Tem como destino a Esplanada dos Ministérios, mas não chegará ao Congresso. O grupo ocupará duas faixas do Eixo Monumental, com uma 3ª faixa interditada temporariamente.
O evento terá discursos de deputados e do pastor. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também vai participar e discursar em um trio elétrico.
VEJA O VÍDEO
BOLSONARO PRESENTE! Caminhada pela Anistia, Torre de TV, às 16h, em Brasília. pic.twitter.com/auRHfM7YqM
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) May 7, 2025
Anistia no Congresso
A proposta de anistia aos presos do 8 de janeiro segue travada na Câmara dos Deputados. O requerimento de urgência reuniu todas as assinaturas necessárias, mas não foi levado à votação. Deputados da oposição responsabilizam o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), por segurar o avanço do texto.
A manobra irritou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que acusam Motta de atender a um acordo informal entre o governo e a cúpula do Congresso para desidratar o projeto original.
Enquanto a pressão nas ruas cresce, ministros do Supremo Tribunal Federal e líderes do Congresso articulam uma proposta alternativa.
O novo texto prevê a redução de pena para quem cometeu atos de depredação, mas endurece a punição para os apontados como mentores do suposto golpe. A tentativa de conciliação busca minimizar denúncias de abuso de poder do Judiciário sem anular a narrativa institucional de que os ataques representaram uma ameaça real à democracia.