A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil confirmou nesta segunda (5) que o chefe interino da Coordenação de Sanções do país, David Gamble, visitará o Brasil nesta semana para discutir ações voltadas ao combate ao crime organizado transnacional.
A visita contará com uma delegação para participar de uma série de reuniões bilaterais para discutir programas de sanções dos Estados Unidos contra o terrorismo e o tráfico de drogas. No entanto, a Embaixada não confirmou se alguma sanção será debatida contra magistrados do Judiciário brasileiro, como citou o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no último sábado (3).
“O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”, disse a Embaixada em nota à Gazeta do Povo.
Segundo a Casa Branca, Gamble é “o principal representante dos Estados Unidos em relações diplomáticas em questões de sanções”, liderando a estratégia e a “política geral de sanções do Departamento de Estado”.
Eduardo Bolsonaro afirmou, em uma rede social, que Gamble discutiria sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como o cancelamento do visto americano e o congelamento de bens que estejam sob a jurisdição dos Estados Unidos, com base na chamada “Lei Magnitsky. Esta regra foi criada para punir integrantes do regime autoritário da Rússia.
O parlamentar ainda afirmou que há uma reunião prevista de Gamble com o pai, Jair, e o irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil foi questionada pela reportagem sobre as afirmações do parlamentar, mas não confirmou se o assunto estará entre os que serão discutidos.
Em março, os congressistas republicanos dos EUA, os deputados Rich McCormick, da Geórgia, e María Elvira Salazar, da Flórida, enviaram uma carta a Trump, e ao secretário de Estado americano, Marco Rubio, solicitando a aplicação de sanções, com base na Lei Magnitsky, contra Moraes. Os parlamentares acusam Moraes de censurar adversários políticos, violar direitos humanos e atentar contra a democracia no Brasil.