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Filha de desembargador é investigada por esquema de propina

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Segundo a Operação Ultima Ratio da PF, Renata Pimentel teria usado o dinheiro para comprar uma caminhonete de luxo

A Polícia Federal (PF) está investigando Renata Pimentel, advogada e filha do desembargador Sideni Soncini Pimentel, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A filha do desembargador Sideni Soncini Pimentel é suspeita de ter adquirido uma caminhonete de luxo por R$ 217 mil, utilizando recursos de propina obtidos da venda de decisões judiciais.

Sideni Soncini Pimentel está afastado de suas funções desde outubro do ano passado, depois da deflagração da Operação Ultima Ratio pela PF. A defesa de Sideni Pimentel afirma que ele não tinha conhecimento sobre essa operação.

O advogado do desembargador, Pierpaolo Bottini, assegura que todas as suas decisões foram devidamente fundamentadas e que ele nunca atuou em casos envolvendo seus filhos como advogados, nem recebeu vantagens indevidas.

Suposto esquema envolvendo a filha do desembargador

Um relatório de 281 páginas foi enviado ao ministro Cristiano Zanin, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), detalhando um suposto esquema de venda de sentenças. O documento inclui diálogos mostrando como magistrados e advogados planejavam decisões relacionadas a propriedades rurais de grande valor.

A PF alega que Renata Pimentel teria recebido cerca de R$ 920 mil em propinas destinadas ao pai. As investigações revelaram conversas entre Renata e o desembargador, onde ela diz: “Comprei essa caminhonete para você”.

Também foram encontradas comunicações da advogada com o vendedor da concessionária e funcionários do banco sobre financiamento e pagamentos, com a intenção de quitar o financiamento com R$ 213 mil em espécie.

A gerente do banco informou que o Banco Central não permite pagamentos acima de R$ 10 mil em dinheiro. Preocupada com a origem dos recursos, Renata questionou um contador sobre como justificar o depósito, recebendo a sugestão de declará-lo como “empréstimo do sócio para empresa”. A Procuradoria-Geral da República decidirá sobre a apresentação de denúncia contra o desembargador.

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