Amazonas – A cheia dos rios no Amazonas já impactou mais de 23 mil famílias, totalizando cerca de 92,4 mil pessoas afetadas, segundo o boletim atualizado da Defesa Civil do Estado, divulgado nesta quinta-feira (17/04). Com as nove calhas de rios do estado em processo de cheia, que se estende de março a julho, a situação exige resposta rápida e coordenada do poder público. Atualmente, nove municípios estão em Situação de Emergência, 17 em Alerta e 36 em Atenção, conforme decretos municipais.
Para enfrentar a crise, o governador Wilson Lima anunciou o início da Operação Cheia 2025 na quarta-feira (16/04), com foco inicial na calha do rio Madeira, onde os municípios de Humaitá, Manicoré e Apuí foram os primeiros a decretar emergência. Na quinta-feira, uma força-tarefa partiu do Porto do São Raimundo, em Manaus, transportando 160 toneladas de cestas básicas para garantir a segurança alimentar das famílias atingidas. Além disso, o pacote emergencial inclui 600 caixas d’água, 33 mil copos de água potável e seis purificadores do projeto Água Boa, que tratam e distribuem água limpa em comunidades isoladas.
Monitoramento contínuo e resposta imediata
A Defesa Civil do Amazonas mantém monitoramento contínuo por meio do Centro de Monitoramento e Alerta, acompanhando os níveis dos rios ao longo do ano. Entre os municípios em Situação de Emergência estão Humaitá, Apuí, Manicoré, Boca do Acre, Guajará, Ipixuna, Novo Aripuanã, Benjamin Constant e Borba. Já em Alerta, estão cidades como Nova Olinda do Norte, Pauini e Tabatinga, enquanto Manaus, Parintins e Tefé figuram entre os 36 municípios em Atenção.
A mobilização do governo estadual visa minimizar os impactos da cheia, que afeta diretamente o acesso a alimentos, água potável e moradia em diversas comunidades. A Operação Cheia 2025 reforça o compromisso com o atendimento imediato às populações ribeirinhas e a preparação para os próximos meses, quando a cheia pode se intensificar em outras regiões do estado.
Com a previsão de picos variados até julho, a Defesa Civil alerta para a importância de ações preventivas e do engajamento comunitário. A solidariedade e a logística eficiente serão fundamentais para enfrentar um dos maiores desafios sazonais do Amazonas.