O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) pediu desculpas após dar declarações em que disse querer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) morresse. As afirmações do parlamentar, que foram feitas durante a Comissão de Segurança Pública (CSP) da Câmara dos Deputados, viraram alvo da Advocacia Geral da União (AGU).
“Eu aprendi com meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros. Ontem na Comissão de Segurança estavam debatendo um projeto para desarmar os seguranças do “descondenado” do Lula, e eu disse que se ele tivesse um infarto ou um taquicardia e morresse, eu não ia ficar triste”, disse.
“Um cristão não deve desejar a morte de ninguém, então eu não desejo a morte de qualquer pessoa, mas continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria pagar por seus crimes, deveria estar preso e pagar por tudo o que ele fez de mau ao nosso país. Mas reconheço que exagerei na minha fala e peço desculpas presidente, obrigado”, finalizou o parlamentar.
As declarações de Gilvan também foram criticadas pelo presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). “Sem entrar na polêmica e reconhecendo todas as manifestações. No celular de um líder nosso, quando a gente liga, aparece: “Quando você comemora a morte de alguém, o primeiro que morre é você mesmo”. Foi uma mensagem do papa Francisco. Queria só fazer essa manifestação, que é muito justa”, disse Alcolumbre em sessão da Casa nesta quarta.
Nesta semana, durante a CSP da Câmara, Gilvan da Federal alegava a ausência de provas para a existência do plano para matar o presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em meio aos comentários, o parlamentar afirmou que deseja pela morte de Lula.
“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra! Eu quero que ele vá para o quinto dos inferno [sic]. É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas eu quero que ele morra! Quero que ele vá para o quinto dos infernos porque nem o diabo quer o Lula [sic]. É por isso que ele está vivendo aí”, disse.
As declarações foram feitas enquanto a comissão votava um Projeto de Lei (PL) que propõe o desarmamento da segurança pessoal do presidente e de ministros. O texto é de autoria do próprio Gilvan da Federal e foi aprovado na Comissão.
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