A diretoria da CBF e o técnico do Al-Hilal, Jorge Jesus, já têm conversas em andamento para uma possível contratação dele para a seleção brasileira. O contato é direto entre Ednaldo Rodrigues e dirigentes da confederação com representantes do treinador.
Mas uma possível contratação do treinador português só poderá ocorrer a partir de maio. Só sairá do Oriente Médio depois de uma conclusão da Champions da Ásia e quando o Al-Hilal não tiver chances no Campeonato Saudita.
Já está claro que Jesus é a opção prioritária de Ednaldo. Embora tenha outras opções na lista, é o treinador português que aparece como preferido entre os nomes viáveis.
E contou para isso a vontade demonstrada por Jorge Jesus de dirigir a seleção. De uma certa forma, ele vem planejando isso desde o ano passado quando deu entrevista indicando seu desejo. Essa atitude agrada ao presidente Ednaldo.
A CBF não pretende sondar vários técnicos: vai negociar com Jesus e só partir para outra solução se não houver acordo. Há também uma iniciativa da confederação de lidar direto com o estafe do treinador, ignorando vários intermediários que tentaram entrar na conversa.
O Al-Hilal não vai facilitar a saída do treinador, que pretendia ter no Super Mundial de Clubes. Neste cenário, Jesus sinaliza que ficará até o fim da passagem do clube na Champions. A decisão está marcada para o dia 3 de maio, sendo que há fases classificatórias (semis e quartas) nos dias 25 e 29 de abril.
Já o Saudita acaba no dia 25 de maio. Mas é possível que até lá o Al-Hilal não tenha mais chances já que está a cinco pontos do Al Ittihad faltando sete rodadas para o final. Se esse quadro mudar, vai haver uma complicação.
De qualquer maneira, a CBF terá de pagar uma multa para liberar o treinador. Obviamente outro ponto é o acerto de salário entre as partes, já que Jesus ganha acima de 10 milhões de euros por ano na Arábia Saudita.