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Manifestações por anistia a presos pelo 8/1 acontecem hoje; entenda motivo e quem apoia

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Bolsonaro e aliados apoiam protesto em Copacabana; outras lideranças da direita devem realizar atos em quase 200 cidades

Lideranças de direita no Brasil vão às ruas neste domingo (16) para manifestações a fim de pressionar o Congresso Nacional a aprovar o projeto de lei que anistia os condenados pelos atos extremistas ocorridos em Brasília em 8 de janeiro de 2023. Às 10h, está previsto um ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Às 14h, devem acontecer outras manifestações, sem o apoio de Bolsonaro, na Avenida Paulista, em São Paulo, e em cerca de 200 cidades.

Além da anistia, o ato convocado por Bolsonaro deve ter protestos em prol da liberdade de expressão e contra o julgamento na Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a denúncia contra o ex-presidente pela suposta participação dele em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.1

Deputados e senadores do PL, partido de Bolsonaro, foram convocados para a manifestação no Rio. Além disso, ao menos três governadores confirmaram presença: Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Jorginho Mello (PL-SC). O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), ainda avalia se vai.

Ratinho Jr. (PSD-PR) informou que não vai à manifestação, apesar de dizer concordar com a anistia. “Não vou. Nunca fui a esses eventos. Acho que a anistia deve ser revista, tem gente injustiçada, mas não vou”, declarou. Romeu Zema (Novo-MG) não retornou até a publicação desta reportagem.

Segundo apurou o R7, o evento deve ter os discursos de Bolsonaro e das seguintes autoridades: os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO), Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP); os senadores Magno Malta (PL-ES) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ); e os governadores Cláudio Castro e Tarcísio de Freitas.

Neste domingo, devem comparecer ao ato no Rio:

  1. Jair Bolsonaro
  2. Valdemar Costa Neto, presidente do PL
  3. Governador Cláudio Castro
  4. Governador Tarcísio Freitas
  5. Governador Jorginho Melo
  6. Governador Mauro Mendes
  7. Senador Flávio Bolsonaro
  8. Senador Magno Malta
  9. Senador Portinho
  10. Senador Rogério Marinho
  11. Senador Bagatoli
  12. Senador Izalci Lucas
  13. Senador Wilder
  14. Senador Wellington Fagundes
  15. Senador Cleitinho
  16. Deputado Eduardo Bolsonaro
  17. Deputado Marcio Alvino
  18. Deputado Nikolas Ferreira
  19. Deputado Altineu Cortês
  20. Deputado Sostenes Cavalcante
  21. Deputado Gustavo Gayer
  22. Deputado Coronel Zucco
  23. Deputado Hélio Lopez
  24. Deputado Rodrigo Valadares
  25. Deputado Estadual Anderson Moraes
  26. Deputado Estadual Gualberto
  27. Presidente ALESP, André do Prado
  28. Deputada Chris Tonietto
  29. Vereador Carlos Bolsonaro
  30. Vereadora Priscila Costa
  31. Viúva de Clezão (preso do 8 de Janeiro que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília), com 2 filhas
  32. Prefeito de Cuiabá (MT) Abílio Brunini
  33. Deputado Distrital Thiago Manzoni
  34. Deputado Federal Capitão Alberto Neto
  35. Deputado Federal Carlos Jordy
  36. Deputado Federal Rodolfo Nogueira
  37. Deputado Federal Bibo Nunes
  38. Deputado Federal Maurício do Vôlei
  39. Deputado Estadual João Henrique (PL/MS)
  40. Deputado Federal Allan Garcez
  41. Deputado Estadual Carmelo (Pres PL Jovem)
  42. Vereadora Bella Carmelo
  43. Deputado Estadual Caporezzo (PL/MG)
  44. Deputado Estadual Rogério Barra (PL/BA)
  45. Deputado Federal Delegado Éder Mauro
  46. Deputado Federal Adilson Barroso
  47. Delegado Federal Delegado Caveira
  48. Deputado Federal Cherini
  49. Deputado Federal Paulo Bylinsky
  50. Deputado Federal Evair de Melo
  51. Ex-ministro João Roma
  52. Ex-ministro Marcelo Queiroga
  53. Deputado Federal Cabo Gilberto Silva
  54. Deputado Federal Maurício Carvalho
  55. Deputado Federal Capitão Alden
  56. Deputado Federal Sargento Fahur
  57. Deputado Federal Davi Soares
  58. Deputado Federal Coronel Chrisostomo
  59. Deputado Federal Reinold Stephanes
  60. Deputado Federal Sanderson
  61. Deputado Federal Roberto Monteiro
  62. Deputado Federal General Girao
  63. Deputado Federal Júnior Amaral
  64. Deputado Federal André Fernandes
  65. Deputado Federal Sargento Gonçalves
  66. Deputado Federal Gilvan da Federal
  67. Deputado Federal Pastor Jaziel
  68. Deputado Federal General Pazuelo
  69. Deputado Federal Pastor Eurico
  70. Deputado Federal Mario Frias
  71. Deputado Federal José Medeiros
  72. Deputada Federal Carol de Toni
  73. Deputado Federal Luiz Lima
  74. Deputado Federal Filipe Barros
  75. Deputado Federal Alexandre Ramagem
  76. Vereadora Moana Valadares
  77. Padre Kelmon

Bolsonaro organiza outra manifestação em prol da anistia em 6 de abril, às 14h, na Avenida Paulista.

Manifestações paralelas

As manifestações marcadas para as 14h em outras cidades devem focar no impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também defender a anistia pelo 8 de Janeiro, conforme informou ao R7 Guilherme Sampaio, coordenador e fundador do movimento Reforma Brasil, que está organizando os atos. Algumas capitais que devem ter atos, além de São Paulo, são Brasília (DF), Maceió (AL), Macapá (AP) e Salvador (BA).

Até a publicação desta reportagem, Sampaio não soube informar quais autoridades compareceriam aos atos, mas explicou que deputados e senadores devem ir aos protestos. Em SP, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deve marcar presença. Bolsonaro estava desestimulando mais manifestações neste domingo em outras cidades a fim de concentrar um grupo maior no Rio.

Um ato convocado para Belo Horizonte (MG), por exemplo, foi cancelado, apesar de ter o apoio do deputado federal Nikolas Ferreira, aliado de Bolsonaro. Há algumas semanas, o parlamentar informou que o protesto não iria mais acontecer.

O ex-presidente Jair Bolsonaro esteve hoje no Senado. Ele defendeu a anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro e o fim da lei da ficha limpa.

PL da Anistia

Conforme mostrou o R7, a proposta de anistia aos presos pelo 8 de Janeiro pode ter uma versão mais “branda” a fim de ganhar celeridade e votos na Câmara. Deputados de oposição avaliam uma anistia parcial aos condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Na avaliação dos parlamentares, isso tornaria o texto menos radical. Ao todo, os condenados pelo 8 de Janeiro foram enquadrados em cinco crimes: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.

Conforme o STF, a maioria dos condenados teve as ações classificadas como graves. As penas para esses réus variam de três anos a 17 anos e seis meses de prisão.

A anistia estudada, em vez de total, perdoaria os crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa. A oposição acredita que tais condenações são injustas, pois considera que os atos não foram uma tentativa de golpe de Estado.

Assim, as penas poderiam ser reduzidas e enquadradas apenas em dano qualificado e deterioração de patrimônio. Os condenados pelos atos extremistas então poderiam cumprir as penas em regime semiaberto.

A proposta que livra os condenados pelo 8 de Janeiro tramita na Câmara dos Deputados em uma comissão especial, mas sem qualquer perspectiva de data para ser apreciada. A oposição alega ter votos para aprovar o texto, mas ainda precisa de conjuntura e vontade política para isso.

Desse modo, segundo relataram parlamentares ao R7, as manifestações da direita nas ruas poderiam “acelerar” a tramitação da matéria.

Caminhos para Bolsonaro na Justiça EleitoralArte/R7