Os estudantes do SESI Amazonas, em seu segundo dia de competições na categoria First Lego League Challenge (FLLC), no Festival SESI de Educação em Brasília, colocaram seus equipamentos na mesa para os rounds oficiais do “Desafio do Robô”. Ao todo, as equipes têm três chances para alcançar pontuação necessária para vencer na mesa. Pelo Amazonas, participaram a equipe Elétrons, da Escola SESI Abrahão Sabbá, de Itacoatiara (AM) e Tupã Machines, do SESI Escola de Referência Dra. Emina B. Mustafa, de Manaus (AM).
“Hoje conseguimos alcançar 285 pontos, ajustamos o que faltava e treinamos ainda mais para alcançar o melhor resultado”, disse o aluno Felipe Santos, após final do segundo round.
Já a equipe Elétrons esperava, mas não alcançou uma pontuação melhor do que a recebida no primeiro dia, 240 pontos, devido a detalhes no desempenho do robô na mesa; o objetivo era chegar aos 500 pontos. “Infelizmente, não sabíamos sobre a regra de não tocar no gabarito ao lançar o robô. Perdemos 60 pontos só aí. Vamos colocar a regra em prática e treinar mais para os próximos rounds”, disse.
O último dia de evento se encerra com as partidas do Desafio das Alianças, em que as equipes se juntam umas às outras para competir e se desafiarem. A Elétrons fará aliança com a equipe Cyber Rex, de Curitiba (Paraná), e a Tupã Machines com a Coliceu Robotic S.T.E.A.M, de Recife (Pernambuco). O resultado sairá no sábado.
Família acompanha filho competidor
Sônia Maria dos Santos, mãe Felipe Santos, da equipe Tupã Machines, competidora na categoria FLLC, viajou de Manaus com mais dois filhos, Antônio e Cristiane, para acompanhar o certame nacional de robótica. Sônia destacou a importância da experiência para os jovens. “Para mim, a importância maior é a experiência que eles estão tendo. Eles aprendem comprometimento, trabalho em equipe, e isso não é só para a escola ou para o torneio, mas para a vida toda”, afirmou Sônia.
A mãe completou que a intenção é sempre estar perto para dar apoio emocional. “Eles ficam tensos e nervosos, então a presença da família é essencial”, destacou. Sônia e sua família ficarão até o fim do evento, acompanhando cada momento da competição.
Equipe Prodixy avalia desempenho na FTC
A equipe Prodixy, que compete na categoria FIRST® Tech Challenge (FTC), analisou seu desempenho nas primeiras partidas do torneio e traçou estratégias para aprimorar o desempenho do robô nas próximas rodadas. Jhennifer Duarte compartilhou os resultados e os desafios enfrentados pela equipe até o momento.
“Na primeira partida, fomos muito bem, conseguimos marcar 71 pontos e vencemos. No entanto, tivemos alguns problemas com a mecânica da correia, o que prejudicou o desempenho do robô”, explicou Jhennifer.
Na segunda partida, após ajustes, o robô apresentou melhor performance, e a equipe conquistou 107 pontos, garantindo mais uma vitória. No entanto, os pilotos, que estreiam na competição, enfrentaram dificuldades no controle do robô. “Eles ainda estão no primeiro teste, então tivemos algumas falhas, mas conseguimos superar”, destacou.
Já na última partida, a equipe marcou 66 pontos e acabou derrotada. O desempenho foi impactado por problemas mecânicos, especialmente no sistema de báscula e na corrediça, que apresentou atrito excessivo e não suportou a execução das tarefas com precisão.
Para as próximas partidas, a equipe está focada em implementar melhorias. “Vamos substituir o sistema de báscula, já estamos providenciando a impressão de uma nova peça para fazer a substituição. Além disso, vamos intensificar os treinos para corrigir os erros e garantir 100% de eficiência nas próximas partidas”, afirmou Jhennifer.
A equipe Prodixy ainda tem três partidas pela frente e espera alcançar um desempenho mais consistente para seguir avançando no torneio, que finaliza no sábado (15).
Prodixy investe na batalha dos robôs na categoria FRC
Carlos Gabriel Nunes, piloto da equipe Prodixy na categoria First Robotics Competition (FRC), do SESI Escola de Referência Dra. Emina B. Mustafa, mencionou as estratégias adotadas pela equipe para superar os desafios Reefscape, temporada 2024/2025, enfrentados na arena.
“Nosso robô está apresentando alguns problemas para realizar a entrega do coral, então optamos por atuar como robô de defesa. Durante uma das partidas, tivemos um problema de desconexão no meio do jogo, então estamos fazendo a troca do RoboRIO para evitar que isso ocorra novamente”, explicou Carlos Gabriel.
O piloto detalhou o funcionamento do robô de defesa: “Nosso papel é atrapalhar as outras equipes. Ficamos na frente dos adversários para impedir que eles consigam pegar os objetos necessários para pontuar, tentando dificultar ao máximo a jogada deles.”
A estratégia já mostrou resultados, segundo Carlos Gabriel. “Conseguimos realizar uma defesa muito eficiente contra a equipe Hawks, que é muito forte. No entanto, durante essa defesa, tivemos um problema de conexão, pois o cabo acabou se soltando devido ao impacto. Estamos trabalhando para corrigir isso e garantir que o problema não volte a acontecer.”
A equipe Prodixy segue ajustando seu robô e refinando suas táticas para continuar competitiva nas próximas rodadas do torneio.
Mãe de aluno destaca novas experiências
Leila Maria Mendes, mãe do aluno Matheus, 14 anos, do SESI Escola de Referência Dra. Emina B. Mustafa, acompanha o filho no Festival SESI de Educação. Segundo Leila, Matheus, que participa das competições regionais há cinco temporadas, sempre teve curiosidade em conhecer a estrutura e a dinâmica do torneio em nível nacional. “Ele queria saber como era a dimensão do evento, o acolhimento, a motivação dos participantes. No regional, são cerca de 42 equipes, enquanto aqui o número é bem maior, tornando a experiência completamente diferente”, explicou.
A família chegou ao evento no dia 11 e, desde então, Matheus tem aproveitado cada momento. “Ele está maravilhado com tudo. Aqui tem a competição da FTC, que lá nós não temos e a F1, o que torna a experiência ainda mais especial para ele”, relatou a mãe.
“Estou achando ótimo esse torneio! Meu desejo é participar”, afirmou Matheus. Durante o evento, ele teve a oportunidade de visitar diversos estandes e interagir com outras equipes. “Conversei com a equipe Lousa Atômicos, que foi campeã mundial da FLL. Aprendi bastante sobre a organização dos treinos para o regional e o nacional, e isso vai me ajudar muito na próxima competição”, contou.
O entusiasmo de Matheus e sua dedicação à robótica são um reflexo do impacto positivo dessas competições na formação dos alunos, proporcionando vivências enriquecedoras e trocas de conhecimento fundamentais para seu crescimento acadêmico e pessoal.