Menu

Primeira musa trans da Mangueira estreia na Tradição e revela arrependimento por silicone no bumbum: ‘Ficou artificial’

WhatsApp
Facebook
Telegram
X
LinkedIn
Email
Para cruzar duas vezes a Sapucaí, na Série Ouro e no Grupo Especial, Patrícia Souza Chaves afirma ter gastado 35 mil nas duas fantasias, mas critica preconceito no Carnaval: 'Não é tão fácil como a gente acha'

O Carnaval deste ano tem um gostinho especial para Patrícia Souza Chaves, primeira musa trans a desfilar na Mangueira: desta vez, além de cruzar a Sapucaí no Grupo Especial, também é sua estreia na Série Ouro, como musa da Tradição.

“Eu estrei na Mangueira no Carnaval de 2019, que foi campeão e foi uma experiência incrível. Meu primeiro ano e a Mangueira ser campeã, não tem preço. Mas cada ano é um ano diferente, né? Para me preparar, passo o ano todo malhando, cuidando da alimentação, do corpo, para passar aqui assim, deslumbrante”, conta ela.

Primeira musa trans da Mangueira faz sua estreia na Tradição, mas critica preconceito no Carnaval: ‘Não é tão fácil como a gente acha’ — Foto: Roberto Teixeira/gshow

Apesar dos seis anos desde sua estreia na Avenida, Patrícia afirma que as escolas — assim como a sociedade — ainda têm um longo caminho a percorrer quando o assunto é o preconceito com pessoas trans.

“É muito delicado a gente falar disso, porque [as pessoas] aceitam e não aceitam, né? No Carnaval, você tem que ter conhecimento para conseguir entrar ali, entrar aqui, não é tão fácil como a gente acha que é. A verdade é que sempre tem alguma coisa que vai atrapalhar, principalmente pelo fato de ser trans, porque sempre acham que poderia ser uma outra, entende? Eles acabam botando outras prioridades”, desabafa.

Primeira musa trans da Mangueira faz sua estreia na Tradição, mas critica preconceito no Carnaval: 'Não é tão fácil como a gente acha' — Foto: Roberto Teixeira/gshow

Primeira musa trans da Mangueira faz sua estreia na Tradição, mas critica preconceito no Carnaval: ‘Não é tão fácil como a gente acha’ — Foto: Roberto Teixeira/gshow

Apesar disso, ela se mantém firme em sua jornada. “Me considero uma guerreira. Estou aqui há seis anos na Mangueira, e esse ano estou estreando na Tradição. Estou muito feliz, a escola está muito bonita, e a energia de estar aqui é muito gostosa, muito maravilhosa”, celebra.

Para cruzar a Sapucaí, Patrícia investiu alto em suas duas fantasias. “Gastei um pouquinho. Na da Mangueira gastei R$ 20 mil e, nessa aqui, R$ 15 mil”, revela.

Primeira musa trans da Mangueira estreia na Tradição, mas critica preconceito no Carnaval: 'Não é tão fácil como a gente acha' — Foto: Roberto Teixeira/gshow

Primeira musa trans da Mangueira estreia na Tradição, mas critica preconceito no Carnaval: ‘Não é tão fácil como a gente acha’ — Foto: Roberto Teixeira/gshow

Apesar de se sentir à vontade na própria pele, a musa, que tem próteses de silicone de 700 ml, admite que, assim como muitas pessoas, também já fez loucuras em busca da beleza — e se arrependeu.

“Eu, infelizmente, coloquei silicone no bumbum. Na época, era uma coisa que dava um ar mais feminino, e eu acabei colocando demais, aí me arrependo. Ficou um bumbum muito grande, um pouquinho artificial. Hoje em dia, eu não faria.”

Ela complementa: “Quando a gente é mais novinha, é mais deslumbrada, então quer peitão, quer bundão… Só que, hoje, menos é mais, né? Hoje em dia, queria ser magrinha, até o peitinho pequenininho, tudo pequenininho”.

Primeira musa trans da Mangueira estreia na Tradição, mas critica preconceito no Carnaval: 'Não é tão fácil como a gente acha' — Foto: Roberto Teixeira/gshow

Primeira musa trans da Mangueira estreia na Tradição, mas critica preconceito no Carnaval: ‘Não é tão fácil como a gente acha’ — Foto: Roberto Teixeira/gshow