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Oposição repudia denúncia da PGR contra Bolsonaro por tentativa de golpe

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A Liderança da Oposição na Câmara dos Deputados divulgou, na noite desta terça-feira (13), uma nota de repúdio à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A PGR acusa Bolsonaro e ao menos 33 outras pessoas, acusadas por uma suposta tentativa de golpe de Estado, com abolição violenta do Estado Democrático de Direito e formação de uma organização criminosa.

“É imperativo destacar que tal denúncia carece de fundamentação jurídica sólida e parece estar alicerçada em interpretações subjetivas, desprovidas de evidências concretas que sustentem as graves acusações imputadas”, diz o presidente da Frente, deputado Zucco (PL-RS).

De acordo com o líder da oposição, “a celeridade com que a Polícia Federal concluiu o inquérito e encaminhou relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), sem a devida observância dos direitos constitucionais ao contraditório e à ampla defesa, suscita questionamentos acerca da imparcialidade e da isenção necessárias em investigações dessa natureza

Zucco reafirma o apoio da oposição ao ex-presidente e declara que Bolsonaro é “um líder que sempre se pautou pelo respeito à Constituição e ao Estado Democrático de Direito”.

“Rejeitamos com firmeza qualquer tentativa de criminalização de sua trajetória política e denunciamos essa ação como uma ofensiva seletiva com motivações que transcendem o campo jurídico. Seguiremos vigilantes e atuantes na busca pela verdade e pela justiça, garantindo que nenhum brasileiro – especialmente um ex-chefe de Estado – seja alvo de perseguição política disfarçada de procedimento legal”, conclui o deputado.

“Perseguição política”

Pela rede social, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) avaliou a denúncia como uma “injustiça” e “perseguição”. “Não se pode matar uma ideia! A injustiça, o arbítrio e a perseguição não conseguirão calar o sentimento da população e o que o presidente Jair Bolsonaro representa”, escreveu.

Para a líder da Minoria na Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC), a denúncia contra Bolsonaro é uma “perseguição política” realizada por “patronos”. “Hoje, o maior líder deste país torna-se formalmente vítima da ditadura. Um processo cujos fundamentos são claramente políticos demonstra que o Estado Democrático de Direito não passa de letra morta. Quem coloca sua digital nisso não tem qualquer respeito pelo Brasil”, disse.

Já a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) cobrou a votação do PL da Anistia com urgência. Segundo ela, o projeto “não é sobre impunidade, mas sobre corrigirmos excessos e evitarmos que brasileiros sejam injustamente tratados como criminosos por manifestarem suas opiniões”.

“O Brasil não pode permitir que a perseguição política se torne arma contra aqueles que apenas expressaram sua indignação e lutaram por um país mais juros. Nosso compromisso é com a pacificação nacional, com a garantia do devido processo legal e com a proteção dos direitos fundamentais de todos os brasileiros”, declarou Zambelli.

Mais cedo, Bolsonaro participou de um encontro com a oposição no Senado Federal, para discutir as estratégias sobre as definições das presidências das comissões da Casa. Temas como o PL da Anistia e mudanças na lei da Ficha Limpa, que podem beneficiar Bolsonaro na disputa eleitoral de 2026, também entraram na pauta.

Ao final do encontro, Bolsonaro disse à imprensa que estava “zero preocupado” com a eventual denúncia da PGR. “Não tenho nenhuma preocupação com as acusações, zero”, disse o ex-presidente.