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Sequências do coronavírus foram deletadas na China

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A China está culpando a base de dados SRA, dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos EUA de remover a sua base de dados quando surgiram os primeiros casos de Covid-19 no mundo. O Instituto afirma que realmente as informações foram apagadas com ordens de um cientista chinês.

As pesquisas do bioquímico Jess Bloom, do do Centro de Pesquisa Fred Hutchinson, em Seattle indicam que as amostras daqueles pacientes de Covid-19 foram colhidas pelo farmacêutico chinês Aisi Fu, por usar na época o material para desenvolver testes do vírus.

O NIH disse que o pedido do cientista ocorreu em junho de 2020 com a justificativa de que as sequências já tinham sido atualizadas e precisavam ser inseridas em um novo banco de dados.

Mesmo assim, os cientistas de Seattle (cidade dos EUA) conseguiram recuperar  arquivos apagados da Cloud, com registros de 13 sequências genéticas parciais de alguns dos primeiros casos da doença em Wuhan.

“Nesses arquivos, há indicios de que o coronavírus não saiu de um laboratório específico e também, que não surgiu por algum evento natural, e, sim, que antes do grande surto no mercado de frutos do mar surgirele já circulava”.Jess Bloom faz parte de um grupo de 18 cientistas de primeira linha, que em 13 de maio solicitaram “uma autêntica investigação” sobre a origem da pandemia.

Na opinião desses profissionais duas explicações sobre o vírus seguem sendo exploradas: a fuga acidental de um laboratório e a de um salto natural de outros animais. Além disso, o Instituto de Virologia de Wuhan, em que haviam laboratórios que trabalhavam com o Coronavírus antes da pandemia, fica há 14 quilômetros do mercado de Huanan.

De acordo com informações do jornal El Pais a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 168 casos de Covid-19 em Wuhan, em dezembro de 2019. Desses,47 estão associados ao mercado. Outros 38 doentes haviam passado por estabelecimentos similares, mas não tinham visitado o de Huanan. O virologista Robert Garry, especialista em vírus emergentes da Universidade Tulane (EUA), detectou duas linhagens diferentes de coronavírus nesses primeiros casos vinculados com mercados de animais selvagens.

A hipótese dele é que um progenitor do vírus nos morcegos saltou a outra espécie, alguns animais infectados foram capturados e os exemplares afetados  já com diferentes variantes do vírus por mutações em fazendas abarrotadas e acabaram sendo vendidos em diferentes mercados de Wuhan. Esse processo poderia ter levado décadas.

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