O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se mostrou otimista após encontro com Pedro Vaca Villarreal, relator especial para a liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), nesta quinta-feira (13). A CIDH faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA).
“Conversamos por cerca de 50 minutos. [Vaca] se mostrou interessado no que eu falava e disse que vai fazer um relatório sincero sobre o que está acontecendo aqui no Brasil”, afirmou Bolsonaro ao jornal Metrópoles.
De acordo com o Metrópoles, no encontro com o relator, Bolsonaro teria reforçado críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por “perseguição política” contra opositores do governo.
O ex-presidente citou diversas irregularidades envolvendo manipulação de depoimentos, pesca probatória e prisões sem denúncia formalizada.
Pedro Vaca disse que “tom de relatórios” sobre censura é “realmente impressionante”
Na terça-feira (11), ao ser questionado por um repórter do Metrópoles, ao chegar ao Instituto Livre Mercado, onde teve uma reunião com parlamentares da oposição, Pedro Vaca disse que o “tom dos relatórios” sobre violações à liberdade de expressão no Brasil é “realmente impressionante”.
O Brasil está recebendo, durante toda esta semana, a visita oficial e inédita de membros da Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão (RELE) da CIDH que, a convite do governo brasileiro, avaliará a situação da liberdade de expressão no país.
Relator da OEA se reuniu com ministros do STF e do TSE
Na segunda-feira (10), Pedro Vaca foi recebido no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos ministros Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, e Alexandre de Moraes, para conversar sobre as denúncias de censura envolvendo a atuação do Tribunal.
Na quarta-feira (12), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, também teve um encontro com Pedro Vaca.
De acordo com o TSE, a ministra “respondeu a dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro, o funcionamento da Justiça Eleitoral e sobre a legislação eleitoral”.