O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) engrossou os ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmando que o país foi governado com “mentiras e fake news”. As falas foram dadas em meio a uma visita ao estado do Pará, onde visitará obras da COP 30 nesta sexta (14), além de ter feito entregas do Minha Casa Minha Vida (MCMV) e outros anúncios do governo federal.
“Se você chegar no Pará e perguntar ‘o que é que o governo anterior fez’, eu duvido que vocês encontrem uma obra, uma Casa Verde e Amarela [política de Bolsonaro semelhante ao MCMV], um Emprego Verde e Amarelo. Ora, porque só se mentiu nesse país, se permitiu a morte de mais de 700 mil pessoas por irresponsabilidade contra a vacina [contra a Covid-19]”, disparou Lula em entrevista à rádio Clube de Belém.
Lula emendou afirmando que “esse é o meu ano, que eu quero desmascarar essa quantidade de mentiras que tem, as fake news no celular, todo mundo mentindo pra todo mundo”.
Em outro momento, Lula voltou a citar que assumiu a presidência em 2023 tendo que reconstruir políticas públicas e que 2025 é o de entregar tudo o que foi refeito nos dois primeiros anos de governo.
Também ressaltou que irá percorrer o país ao longo deste ano para reforçar as entregas e que só pensará se concorrerá à reeleição no ano que vem depois de cumprir tudo o que prometeu durante a campanha eleitoral de 2022 – e se estiver bem de saúde.
“Se eu vou ser candidato ou não, tem uma discussão com muitos partidos políticos, com a sociedade brasileira, tenho 79 anos, tenho que ter consciência comigo mesmo, não posso mentir pra ninguém e muito menos pra mim. Se eu tiver com 100% de saúde […] eu posso ser candidato. Mas, não é a minha prioridade agora”, completou.
Ainda durante a entrevista, Lula chamou de “irresponsabilidade” a paralisação das obras de cerca de 8 mil casas do MCMV que ele entregou na quinta (13) em Belém, dizendo que foi uma falta de sensibilidade de governos anteriores – o conjunto estava parado desde 2014.
E completou dizendo que tem como meta entregar 2,5 milhões de residências até o final de seu mandato, em 2026.