O órgão regulador de concorrência do Reino Unido anunciou nesta sexta-feira (25) a abertura de uma investigação formal contra a Amazon e o Google. O objetivo é verificar se as duas gigantes da tecnologia fizeram o suficiente para remover avaliações falsas de produtos em seus sites.
De acordo com a Autoridade de Concorrência e Mercados da Grã-Bretanha (CMA), as companhias podem ter infringido a lei do consumidor ao não proteger os clientes destas avaliações forjadas. A ação é baseada em uma apuração iniciada em maio do ano passado, que avaliou sistemas e processos internos de várias plataformas.
Para os reguladores, a Amazon pode ter falhado ao não conseguir evitar a manipulação de listas de produtos por vendedores, cooptando análises positivas de um produto para outro. Dessa forma, milhares de compradores online estariam sendo enganados com estas recomendações.
Os comentários falsos podem influenciar milhares de internautas a gastar. (Fonte: Unsplash)
O CEO da CMA, Andrea Coscelli, também disse estar preocupado com a desigualdade causada pela prática. “Da mesma forma, simplesmente não é justo se algumas empresas podem falsificar avaliações de 5 estrelas para dar a seus produtos ou serviços o maior destaque, enquanto as empresas cumpridoras da lei perdem”, afirmou.
Auxiliando nas investigações
Em nota ao Business Insider, um porta-voz da Amazon revelou que a gigante varejista investiu “recursos significativos” para evitar a propagação de falsas recomendações na plataforma. Ele afirmou, ainda, que a empresa tem auxiliado os reguladores na apuração e garantiu um maior empenho no combate à prática.
“Somos incansáveis na proteção de nossa loja e tomaremos medidas para impedir avaliações falsas, independentemente do tamanho ou localização daqueles que tentem este abuso”, finalizou o representante. Já o Google não se pronunciou sobre o tema, até o momento.
Caso seja comprovado que as companhias violaram a legislação, elas podem ser obrigadas a revisar os mecanismos para encontrar e remover tais recomendações, além de sofrerem uma ação judicial.
Com informações de Tecmundo