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Greenpeace denunciou exploração ilegal após flagrar 130 balsas de garimpo no rio Madeira, no Amazonas

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Ibama no Amazonas afirmou estar ciente da situação e que o planejamento de operações para atuação contra o garimpo ilegal no rio Madeira continua em andamento

O Greenpeace Brasil denunciou, nesta segunda-feira (3), o avanço do garimpo ilegal no rio Madeira, apenas cinco meses após uma operação da Polícia Federal e do Ibama ter destruído 459 balsas na região. A organização ambiental identificou, por meio de imagens de satélite, ao menos 130 dragas entre os municípios de Novo Aripuanã e Humaitá, no sul do Amazonas.

“As imagens captadas neste recente flagrante são resultado de um novo sistema de monitoramento remoto desenvolvido pelo próprio Greenpeace Brasil, que utiliza imagens do radar SAR via satélite Sentinel 1 e processadas no Google Earth Engine. A tecnologia é especialmente eficaz para áreas com alta cobertura de nuvens, característica da Amazônia”,
informou o Greenpeace na denúncia.

A superintendência do Ibama no Amazonas afirmou estar ciente da situação e que o planejamento de operações para atuação contra o garimpo ilegal no rio Madeira continua em andamento. 

“Informamos que o Ibama destruiu 1.222 balsas e dragas no estado do Amazonas, sendo 800 no referido rio, entre 2023 e 2024. Para 2025, seguem os planejamentos para realização de operações contra o garimpo ilegal em toda a Amazônia, particularmente em áreas protegidas, como terras indígenas e Unidades de Conservação Federais”, consta em nota.

Uma draga de garimpo no rio funciona como uma embarcação equipada com bombas e mangueiras que extraem sedimentos do leito do rio. A terra e a areia retiradas são processadas em uma esteira ou mesa vibratória, onde o ouro é separado por gravidade ou por substâncias químicas, como mercúrio. Esse processo provoca assoreamento, contaminação da água e degradação ambiental, afetando ecossistemas aquáticos e populações ribeirinhas.

Pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em parceria com a Universidade de Harvard, encontraram níveis alarmantes de contaminação por mercúrio em peixes do Rio Madeira. O estudo foi divulgado em novembro do ano passado.

Espécies como branquinha, jaraqui e pacu apresentaram concentrações de mercúrio até 32 vezes acima do limite legal, especialmente na região de Humaitá. A contaminação, causada por garimpos ilegais, representa um risco significativo para a saúde das comunidades locais que dependem desses peixes como fonte de alimento.

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