O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que tomou posse no último dia 10 de janeiro, declarou neste domingo (19) que serão realizados exercícios militares e policiais para garantir a “paz” e a “soberania” da Venezuela.
Em vídeo publicado no Telegram, o líder chavista diz que as ações estão previstas para acontecer nos próximos dias 22 e 23: “Vamos defender as fronteiras, as costas, as cidades, os elementos vitais do país, todos juntos para garantir a paz, a soberania nacional, para garantir a verdadeira democracia”, afirma.
Maduro assume o terceiro mandato, que se estenderá até 2031, e é acusado de fraudar as eleições de 28 de julho de 2024, vencidas pelo líder opositor Edmundo González Urrutia.
Três dias após a posse, o ditador venezuelano adotou medidas que reforçam a repressão contra a oposição. Na quarta-feira (15), ele ordenou às Forças Armadas e às forças policiais que preparassem e lubrificassem “os fuzis” contra “ameaças criminosas”. As declarações foram dadas após os ex-presidentes Álvaro Uribe e Iván Duque defenderem uma intervenção internacional no país.
O regime distribuiu rifles de assalto russos a membros da “Milícia Bolivariana”, durante cerimônia no Palácio Presidencial de Miraflores.
O chavista apelou às Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) “como um todo”, “todas as forças policiais de inteligência e contra-espionagem” e “todo o poder popular” para que não diminuam a vigilância e se mantenham atentos.
Ele ainda pediu aos militares que continuem com as Unidades de Reação Rápida (URRAS) da FANB e as operações especiais, e monitorem as passagens fronteiriças do país, que faz divisa com a Colômbia e o Brasil.
Maduro acrescentou que a população não quer intervenção militar, pelo contrário, os venezuelanos querem “democracia, liberdade, compreensão, harmonia, reconciliação e reunificação”.
O ditador adiantou que, se necessário, a Venezuela está preparada para “pegar em armas”, juntamente com Cuba e Nicarágua, em prol da “paz” e da “pátria”.