A ONG Transparência Internacional – Brasil criticou o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, condenado a 425 anos e 20 dias de prisão em 23 processos, após publicar um vídeo dando dicas de cinema nesta sexta-feira, 17.
O perfil reproduziu um dos vários conteúdos publicados pelo ex-governador, no qual aparece em uma piscina, de óculos escuros, sugerindo filmes para os seguidores assistirem durante o fim de semana.
Segundo a Transparência Internacional, Cabral “ri na cara da Justiça e do povo brasileiro“ ao ostentar “o que o Estado não foi capaz de recuperar do que roubou“:
“Os crimes de Sergio Cabral causaram mortes, imenso sofrimento humano, atraso e pobreza. Foram 101 milhões de dólares recuperados em contas no exterior, quase um bilhão de reais do Rio de Janeiro desviados para seu bolso.
Hoje ele ostenta o que o Estado não foi capaz de recuperar do que roubou. Um dos maiores corruptos da história do país, condenado em 23 processos a mais de 400 anos de prisão, cumpriu apenas 6. Ele ri na cara da Justiça e do povo brasileiro“, afirmou.
Os crimes de Sergio Cabral causaram mortes, imenso sofrimento humano, atraso e pobreza. Foram 101 milhões de dólares recuperados em contas no exterior, quase um bilhão de reais do Rio de Janeiro desviados para seu bolso. Hoje ele ostenta o que o Estado não foi capaz de recuperar… pic.twitter.com/YMGv7iyiJ5
— Transparência Internacional – Brasil (@TI_InterBr) January 17, 2025
Condenações
Depois de seis anos encarcerado, Cabral foi solto pela Justiça do Rio em fevereiro de 2023.
A pena foi transferida para uma prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, o que permitiu com que o ex-governador pudesse circular livremente.
Em 2016, Cabral foi preso pela Operação Lava Jato sob a suspeita de chefiar uma organização criminosa que cobrava propinas de empreiteiras e fraudava licitações.
Durante o trâmite processual, o ex-governador admitiu o recebimento dos valores.
No ano passado, a 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) anulou três condenações contra Cabral. A pena, então, foi reduzida em 40 anos e seis meses.
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