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TST mantém condenação a frigorífico por submeter trans a tarefas que exigem força física

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Empresa também teria proibido a pessoa de usar banheiros femininos e desrespeitado o seu nome social; ministra falou em preconceito

Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a condenação de um frigorífico, por suposto preconceito contra uma pessoa trans.

Conforme a vítima, ela foi obrigada pelo encarregado a desempenhar tarefas que exigiam força física, por ter nascido um homem biológico.

Além disso, a empresa não teria respeitado o nome social da pessoa trans, tampouco autorizado a entrada dela no banheiro feminino.

No processo, a companhia se defendeu sob o argumento de que tem nove funcionários homossexuais. O frigorífico observou ainda que distribui, internamente, cartilhas sobre o respeito à diversidade e que tem um manual sobre como respeitar o público LGBT+.

Os argumentos, contudo, não foram suficientes. Relatora do recurso da empresa, a ministra do TST Kátia Arruda argumentou que a identidade de gênero é fundamental e que a companhia falhou em proteger esse direito. A magistrada sustentou que houve “confusão” da empresa entre identidade de gênero e orientação sexual, evidenciada na argumentação sobre os funcionários gays.

Dessa forma, Kátia e os demais integrantes da 6ª turma decidiram ratificar a indenização de R$ 35 mil estabelecida pelas instâncias inferiores.

tribunal superior do trabalho; ativismo judicial
Fachada do prédio do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasília; tribunal julgou caso sobre pessoa trans | Foto: Divulgação/TST
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