A PGR (Procuradoria Geral da República) se posicionou contra a solicitação de liberdade para o general Braga Netto nesta 6ª feira (20.dez.2024). A manifestação foi entregue no STF (Supremo Tribunal Federal) com o pedido pela manutenção da detenção do militar, preso no último sábado (14.dez).
Braga Netto é acusado de tentar obstruir as investigações da PF (Polícia Federal) sobre a tentativa de impedir a posse do governo eleito nas eleições de 2022. A PGR afirma que as ações para impedir as investigações justificam a continuidade de sua prisão preventiva.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse que “não cogita” a revogação da prisão. Para a PGR, a medida é essencial para evitar novas interferências nas apurações. “Somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução”, declarou a instituição.
Braga Netto está sendo indiciado pela polícia pelos crimes de “promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”, sob pena de 3 a 8 anos de prisão.
Além disso, o militar é indiciado pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos de prisão) e tentativa de golpe de estado (4 a 12 anos de prisão).