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Instituto pede R$ 3 bilhões de redes sociais por não limitarem uso de crianças e adolescentes

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Entidade de defesa do consumidor defende a criação de mecanismos que impeçam a hiperconectividade nas plataformas 

A Justiça de Minas Gerais vai avaliar duas ações que cobram R$ 3 bilhões de filiais do TikTok, do Kwai e da Meta movidas pelo Instituto de Defesa Coletiva. A entidade alega a ausência de recursos para evitar o uso indiscriminado das redes sociais por menores de idade, segundo a Reuters.

As petições pedem a criação de mecanismos claros de proteção de dados e campanhas de conscientização sobre a dependência causada pela exposição excessiva às mídias. O instituto cita uma série de pesquisas que relacionam as redes sociais a danos causados à saúde mental de crianças e adolescentes.

Alguns dos recursos defendidos pela entidade são a proibição de criação de contas por menores de idade, limite diário de uso, proibição de acesso a publicidade ligada a influenciadores e jogos de azar, além do impedimento de reprodução de conteúdos automáticos como reels.

A 1ª Vara Cível da Infância e da Juventude da Comarca de Belo Horizonte informou à Reuters que, neste primeiro momento, pretende promover uma audiência de conciliação. O Ministério Público e as empresas serão ouvidos antes da reunião, ainda sem data para ocorrer.

O valor solicitado de indenização por danos morais coletivos seria destinado a um fundo de proteção ao consumidor focado em crianças e adolescentes, e também para projetos de prevenção da hiperconectividade nas plataformas digitais.

“É urgente que sejam adotadas medidas escalonadas a fim de alterar o funcionamento do algoritmo a fim de assegurar uma experiência mais segura, saudável e atinente ao melhor interesse do público, como já ocorre em outros países desenvolvidos”, defende a advogada Lillian Salgado, uma das autoras das ações.

O que alegam as plataformas

Em nota, a Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, disse que trabalha nessa questão há mais de uma década, “desenvolvendo mais de 50 ferramentas, recursos e funcionalidades para apoiar os adolescentes e seus responsáveis”.

Informou, ainda, que a nova “Conta Adolescente” no Instagram chegará ao Brasil em breve, limitando automaticamente quem contata adolescentes e o conteúdo que eles veem. Menores de 16 anos poderão alterar as configurações apenas com autorização dos pais. 

Montagem com capturas de tela mostrando configurações da Conta de Adolescente no Instagram
Exemplo de Conta Adolescente no Instagram (Imagem: Divulgação/Meta)

O TikTok informou que não recebeu nada sobre o caso, enquanto o Kwai disse, em comunicado, que a segurança do usuário é uma de suas prioridades, especialmente quando se trata de menores.

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