A prisão de Rogério Andrade, um dos principais nomes do jogo do bicho no Brasil, nesta terça-feira (29/10), após uma nova denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco-MPRJ), trouxe à tona uma antiga polêmica envolvendo o contraventor e sua família.
Andrade, acusado do assassinato do rival Fernando Iggnácio em 2020, agora enfrenta renovada atenção não apenas pelas acusações criminais, mas também devido à viralização de um vídeo comprometedor de sua esposa, Fabíola de Andrade.
O vídeo, que surgiu na internet em 2019, mostra Fabíola em cenas explícitas com seguranças do marido. Nas imagens, ela aparece envolvida em um ato sexual com dois homens, enquanto um terceiro grava o momento. Na época em que o vídeo foi divulgado, o casal confirmou sua veracidade, com Rogério Andrade assumindo que ele mesmo gravou a cena.
Andrade explicou que a filmagem fazia parte de um fetiche compartilhado entre ele e a esposa e que o vídeo só ganhou repercussão pública devido ao vazamento. A publicação das imagens gerou um grande impacto na família, principalmente para Fabíola, que relatou ter ficado abalada com a exposição e buscou apoio do marido para enfrentar a situação.
“Foi horrível, eu fiquei muito mal. Mas aí eu segui o caminho que meu marido sugeriu: ‘A gente tem que enfrentar o problema. As pessoas vão criticar, não vão virar a página de uma hora para a outra’. Mas isso é problema nosso e ninguém tem nada a ver com isso”, comentou Fabíola na época.
Apesar da exposição do vídeo em 2019, sua veracidade só foi confirmada em 2022, durante a Operação Calígula, coordenada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A operação, voltada a desmantelar esquemas de caça-níqueis no Rio, envolveu também investigações sobre o círculo próximo de Rogério Andrade, revelando trocas de mensagens que corroboravam a autenticidade das imagens. Em uma dessas conversas, Jeferson Carvalho, homem de confiança de Rogério Andrade, foi identificado como um dos participantes do vídeo com Fabíola.
Além disso, Carlos Eduardo de Almeida da Silva, conhecido como Kadu e integrante da quadrilha de Andrade, teria feito um comentário sobre o vídeo em mensagens recuperadas pela investigação. Em tom jocoso, Kadu escreveu:
“Os caras querem mais o quê? Ganham dinheiro, trabalham com o p** do Brasil, e ainda f* a gostosa da mulher dele, a pedido do cara? Não vão largar esse emprego nunca.” A mensagem reforça o contexto de normalização do relacionamento entre Andrade, sua esposa e seus seguranças dentro do círculo interno do contraventor.
*Com informações do Metrópoles