Terra Yanomami – A Casa de Governo coordenou a primeira operação noturna de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A frente da iniciativa em campo, o Exército Brasileiro atuou na destruição de estruturas utilizadas por garimpeiros e todo o trabalho foi dividido em duas fases, realizadas na última semana entre os dias 17 e 18 de outubro. Os resultados da ação inédita foram divulgados nesta quinta-feira (24).
A operação contou com o uso de tecnologia avançada, como drones para monitoramento aéreo, câmeras térmicas, óculos de visão noturna e o radar SABER M60, que permitiu identificar aeronaves em baixa altitude usadas pelos garimpeiros
A primeira fase começou na noite de 17 de outubro, quando tropas foram deslocadas para a cabeceira norte de uma pista de pouso clandestina no garimpo do Apiaú, com o objetivo de identificar e destruir materiais usados na mineração ilegal. Durante a patrulha, uma trilha de quadriciclo foi descoberta, levando a um acampamento, que foi destruído pelas forças de segurança.
Na madrugada de 18 de outubro, um segundo contingente foi enviado à cabeceira sul da mesma pista. As tropas localizaram e destruíram um motor gerador, um motor de quatro cilindros com uma draga, além de mais 100 litros de diesel. A ação se estendeu por toda a madrugada, com as tropas percorrendo cerca de 11 km, rastreando e destruindo a infraestrutura deixada para trás pelos garimpeiros.
Além da ação terrestre, o Exército também conduziu uma patrulha fluvial, cobrindo mais de 285 km nos rios próximos aos garimpos Mutum e Ouro Mil. As embarcações, tripuladas por 12 militares, localizaram e inutilizaram equipamentos usados na mineração ilegal, como 200 metros de mangueira de borracha de 4 polegadas, dois geradores de energia, um motor de indução de 2 CV, dois refletores LED e um quadriciclo.
Resultados das ações de combate ao garimpo na TIY
Desde o início das operações coordenadas pela Casa de Governo, foram realizadas 2.364 ações de combate ao garimpo ilegal. Entre março e outubro de 2024, o Governo Federal intensificou as operações, causando um prejuízo estimado em R$ 224 milhões aos garimpeiros.
Nesse período, foram destruídas 21 aeronaves, 107 antenas Starlink, 45 pistas de pouso clandestinas, 12 quadriciclos, 877 motores, 105 toneladas de cassiterita, 267 geradores, 342 acampamentos ilegais e 99.885 litros de óleo diesel.